Papai Noel distribui 1800 kits para frequentadores de terreiro de Candomblé
Instituto Onikoja, em parceria com os coletivos Terreiro Sustentável e Obra Nossa, reviveu o Kwanzaa, celebração ancestral pela fartura e vida
Rio - A primeira cerimônia de Natal reunindo os terreiros de Candomblé do Rio de Janeiro aconteceu na tarde deste sábado. Conhecido como Kwanzaa, o evento teve o objetivo de reforçar os laços entre os frequentadores dos terreiros e combater preconceito contra as religiões afro-brasileiras. Na festa, o Papai Noel ogan Celso Carvalho, que representava o Orixá Oxalá, distribuiu entre os representantes de dez terreiros 1800 kits, entre cestas básicas, máscaras, kits de higiene e brinquedos para as crianças.
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A iniciativa do Instituto Onikoja com os coletivos Terreiro Sustentável e o Obra Nossa reuniu em Sepetiba, bairro na Zona Oeste com maior número de Casas de Axé, lideranças de dez terreiros do Rio. "Não poderíamos aglomerar as pessoas por causa da pandemia e, por isso, decidimos fazer a festa distribuindo os kits para as lideranças dos terreiros, que por sua vez vão repassá-los a seus frequentadores", afirmou Humbono Rogério de Olissa, que comanda o Humpame Kuban Bewa Lemim, sede do Onikoja.
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O ogan Celso Carvalho se emocionou durante o momento em que distribuiu os presentes entre as lideranças. “Fazer esta lembrança do Kwanzaa é muito importante, ainda mais para dar apoio às pessoas que estão vivendo um momento de vulnerabilidade social. O que a gente quer é contagiar as outras pessoas e propagar as coisas boas diante de um mundo que vive uma situação tão precária. Feliz Kwanzaa para todos”, afirmou.
Representantes do Instituto Onikoja reforçaram a importância de se repetir os rituais do Kwanzaa nos terreiros da região. Eles também ofereceram instruções para a celebração, que é ancestral, “uma festa da vitória da vida contra a morte; da luz contra as trevas; da colheita farta que garantia a continuidade da tribo contra a ameaça da fome e do extermínio”.