O corpo da Juíza Viviane Arronenzi foi cremado neste sábado no Cemitério da Penitência, no Caju. Parentes e amigos compareceram à cerimônia. - Estefan Radovicz / Agencia O Dia
O corpo da Juíza Viviane Arronenzi foi cremado neste sábado no Cemitério da Penitência, no Caju. Parentes e amigos compareceram à cerimônia.Estefan Radovicz / Agencia O Dia
Por LUANA BENEDITO
Rio - O presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj), Felipe Gonçalves, contou que a guarda das três filhas da juíza Viviane Arronenzi, morta pelo ex-marido na véspera de Natal, vai ficar com a avó materna. De acordo com o juiz, o alvará foi expedido pelo plantão judiciário de Niterói.
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Gonçalves esteve no velório de Viviane com a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), na manhã deste sábado, no Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Norte do Rio A cerimônia de cremação, restrita aos familiares e amigos, acontece às 10h30.
O presidente disse que a Amaerj presta apoio aos familiares da vítima. "A guarda foi deferida ontem pelo plantão de Niterói para a avó e nós prestaremos todo apoio emocional, além disso, apoio jurídico também. Nós colocaremos a disposição da família o advogado da Amaerj para atuar como assistente de acusação."
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Gonçalves contou que as filhas de Viviane estão muito abaladas com a morte da mãe. Elas não compareceram ao velório e estão sob os cuidados de uma tia materna.
O presidente da Amaerj lembrou que Viviane era uma magistrada muito dedicada ao trabalho. "Ela era muito discreta, meiga, estimada pelos seus colegas e uma ótima profissional. Ela prestava jurisdição com maestria.
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O magistrado também avaliou sobre o feminicidio e aconselhou outras mulheres. "A lição que fica é que a mulher, que sofre violência, não pode desistir da medida protetiva. Ela deve ir até o final. Porque aquele agressor não merece apenas uma sanção estatal, ele merece também uma educação estatal. A medida protetiva também tem um caráter pedagógico."
A vítima já havia feito um registro de ameaça e lesão corporal contra o ex-marido em setembro deste ano. Na época, ela chegou a ter escolta policial concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), mas logo pediu a suspensão.
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O crime, na frente das três filhas
Paulo José Arronzeni, de 52 anos, matou a ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, do Tribunal de Justiça do Rio, a facadas na véspera de Natal, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O ataque a faca ocorreu na frente das três filhas menores do ex-casal. A prisão ocorreu em flagrante, e foi convertida em preventiva nesta sexta-feira
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Paulo José Arronenzi, assassino de juíza - Divulgação
Paulo José Arronenzi, assassino de juízaDivulgação
O crime ocorreu por volta das 18h, na Avenida Rachel de Queiroz, 380, em frente ao Colégio Januzzi. De acordo com a Guarda Municipal, agentes estavam na base do subgrupamento, que fica ao lado do Bosque de Barra, quando foram acionados para ajudar a vítima.
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No local, encontraram a mulher caída e desacordada. O criminoso recebeu voz de prisão no local e foi encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde foi atendido e posteriormente conduzido para a delegacia.
"Fomos até o local e a vítima já estava inconsciente e sangrando muito em vários lugares. Ele [Paulo] não reagiu a prisão e também não demonstrou qualquer tipo de arrependimento. Com ele havia uma mochila onde encontramos algumas facas, remédios e documentos. Ele possuía cortes nas mãos e foi encaminhado ao Hospital Lourenço Jorge. Depois daí, levamos ele para a Divisão de Homicídios da Capital na Barra da Tijuca, onde foi feito o registro de ocorrência", conta Adailton, um dos guardas que ajudaram a prender o criminoso.