“A defesa ainda não esteve com o Ronnie após essa transferência, por isso não temos nenhuma informação verídica de ameaças de morte. Mas podemos afirmar que existe sim esse receio e preocupação. O que a defesa quer entender é o motivo dessa transferência. Isso é uma espécie de tortura física e psicológica contra ele. Se for possível, vamos buscar ajuda internacional para conseguir o retorno dele para Porto Velho ou até mesmo para o Batalhão Prisional Especial (BEP) no Rio. Ele ainda é policial militar”, explicou o advogado.
Sozinho, Lessa está no presídio que reúne os principais líderes do Comando Vermelho (CV) no Rio e integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) acusados de matar policiais em São Paulo.
“As autoridades que investigam o caso dizem que essa transferência é para que o Ronnie não combine nada com o Élcio - ex-PM também preso pela morte da vereadora e do motorista -. Eles estão presos há quase dois anos”, concluiu a defesa.
Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz foram presos em março do ano passado. Os dois foram acusados pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Rio pelos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O PM reformado é apontado como autor dos disparos. Já o ex-policial era o condutor do veículo Cobalt utilizado na execução.