“Meu filho não era bandido, era trabalhador. Foi um tiro só que deram. Ele foi levar o filho no futebol, virou aqui e foi vítima”, desabafou.
De acordo com o aposentado, há testemunhas que comprovem que não havia tiroteio no momento em que Marcelo foi baleado. Uma mulher que teria flagrado a ação policial foi levada para a delegacia para prestar depoimento.Pai diz que filho foi morto com tiro no peito na Cidade de Deus.
— Jornal O Dia (@jornalodia) January 4, 2021
"Foi um tiro só que deram nele. Meu filho não era bandido, era um trabalhador"
Crédito: Daniel Castelo Branco#ODia pic.twitter.com/c2MRRLj7RS
Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital estiveram no local e realizaram a perícia.
Testemunhas contaram que a vítima estava de moto e realizou uma manobra na Avenida Edgard Werneck quando foi atingida pelo disparo.
Familiares contaram que Marcelo trabalhava em uma marmoraria naquela região. Ele teria ido em casa para buscar um telefone celular que esqueceu. Minutos antes, deixou o filho em uma escolinha de futebol.
O rapaz era casado e tinha um casal de filhos.
Após a morte do rapaz moradores da Cidade de Deus protestaram fechando a Linha Amarela por cerca de 20 minutos.
Em nota a PM nega que tenha realizado operação naquela região. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual da PM, “equipes do 18º BPM (Jacarepaguá), que reforçam o policiamento nas imediações da comunidade, foram atacadas por disparos de arma de fogo realizados por criminosos de dentro da Cidade de Deus. Os policiais reagiram à injusta agressão e cessaram o ataque. No momento da ação, um motociclista que passava pelo local foi atingido. Infelizmente, a vítima não resistiu aos ferimentos”.
A PM ressalta que desde a semana passada o policiamento, com emprego de um veículo blindado, foi reforçado na região. De acordo com a corporação, PMs são constantemente atacados por criminosos naquele ponto.
“Um Inquérito Policial Militar (IPM) será aberto para apurar as circunstâncias do fato. Paralelamente, a Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso”.