'Eu faço questão de bancar uma festa quando eles aparecerem', diz avó de dois dos três meninos que desapareceram em Belford Roxo no dia 27 de dezembro.
— Jornal O Dia (@jornalodia) January 4, 2021
Crédito: Aline Cavalcante / O Dia#ODia pic.twitter.com/0EtRELUbSo
'Eu acho que alguém pegou eles', diz familiar de garotos desaparecidos em Belford Roxo
Crianças foram vistas pela última vez na Feira de Areia Branca, no dia 27 de dezembro de 2020
Rio - Familiares das crianças desaparecidas em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, estiveram na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) nesta segunda-feira (4). Lucas Matheus, de 8 anos, Alexandre da Silva, de 10, que são primos, e Fernando Henrique, de 11, moram no bairro Castelar e foram vistos pela última vez na Feira de Areia Branca, no bairro de mesmo nome, no dia 27 de dezembro de 2020.
Sílvia Regina da Silva, 58, avó de Lucas e Alexandre, acredita que alguém esteja com os meninos.
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"Eu acho que alguém pegou eles e não quer liberar. Acreditamos que eles não estão na rua porque se fosse assim alguém já teria visto eles. Temos recebido muitas informações falsas. Até dinheiro nos pediram por informação. Peço que não façam isso e que se alguém ver os meninos tire foto. A polícia não deu nenhuma informação, só fizeram algumas perguntas, mas estou confiante no trabalho deles, acredito que eles vão voltar pra casa e quando isso acontecer vamos fazer uma festa, um culto em ação de graças".
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Chorando, Katia Cristina da Conceição, 51, avó de Fernando, conta que tem vivido um drama.
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"A cada dia a dor aumenta, só quero meu neto de volta. Ele estava acostumado a brincar na rua mas sempre ia na minha casa comer, me pedia pão ia ver televisão comigo. Estou sentindo muita falta dele
Bruno da Silva, 25, tio do Lucas e do Alexandre, pede mais rigor nas investigações. "Eu peço que a polícia investigue com mais rigor, faça mais buscas".
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Tatiana da Conceição Ribeiro, 31, mãe do Fernando, também cobrou a polícia. "Nós é que estamos correndo atrás, a família e amigos. Agora estão indo atrás porque fizemos protesto. São crianças. Confio mais na justiça de Deus".
Ela conta ainda que tem sido difícil dormir e a que a preocupação aumenta a cada dia. "Não durmo direito, fico pensando que alguém vai bater no meu portão pra dar notícias. Fico pensando se ele está comendo, bebendo suco, se tem alguém cuidando dele. Quando faço comida eu vejo que falta alguém, tem menos um prato. Meu filho mais novo pergunta pelo irmão, está sentindo a falta do Fernando".
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Segundo familiares, os meninos foram vistos por volta das 18h do dia 27 de dezembro, na Feira de Areia Branca.
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