Renan Ferreirinha - Luciano Belford/Agencia O Dia
Renan FerreirinhaLuciano Belford/Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - O secretário municipal de educação, Renan Ferreirinha, afirmou na manhã desta quinta-feira, que em meados de janeiro irá divulgar o protocolo sanitário para um "retorno seguro" de volta às aulas, após a aprovação do Comitê Científico de Enfrentamento ao Covid-19. O calendário da rede municipal já havia sido definido, com início no dia 8 de fevereiro, com aulas de forma presencial ou virtual, e término no dia 17 de dezembro. "O que foi publicado é uma resolução do calendário letivo, que permite tanto aulas na modalidade remota ou presencial. Estamos fazendo escutas com a comunidade escolar". 
"Existem aspectos muito importantes nesse momento, que são os aspectos educacionais, que ficaram muito prejudicados com a interrupção das aulas, o déficit de aprendizagem. O aspecto socioemocionais, tanto dos nossos estudantes quanto dos nossos profissionais de educação. Alimentação escolar, que foi interrompida, e mesmo com soluções paliativas, não substitui o caráter nutritivo de uma de uma escola. Mais de 1 milhão de refeições são preparadas e servidas em nossas escolas, isso impacta o desenvolvimento cognitivo das nossas crianças. Por último, o protocolo sanitário e de saúde, para que a gente possa ter um retorno seguro, e isso está sendo feito junto a nossa Secretaria de Saúde, e será validado pelo comitê de especialistas em enfrentamento ao covid-19 em meados de janeiro, para que a gente tenha uma volta segura para todas", afirmou o secretário em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
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Ferreirinha ainda afirmou que o plano de volta às aulas, feito em conjunto com a Secretaria de Saúde, analisa todas as unidades escolares que existem na cidade e leva em consideração todos os ambientes da escola: sala de aula, refeitório. "Nós estamos fazendo um levantamento das 1543 unidades, escolas, creches, EDIs, que nós temos na cidade, para entender o problema de cada uma e assim adereçar uma solução". 
"Esse protocolo diz, por exemplo, qual o distanciamento ideal entre carteiras quando o aluno está com máscara, quando o aluno está sem máscara. Quantas pessoas podem estar em uma sala de aula baseada na quantidade de janelas e ar-condicionado. Como o refeitório deve funcionar. O recreio, que é o momento mais difícil que nós temos nesse período de retorno, principalmente para os menores", afirmou.
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Sindicato de Professores do Rio defende volta às aulas com vacina
O Sindicato Estadual de Professores do Rio de Janeiro defendeu que "só é possível voltar às aulas presenciais quando toda comunidade escolar estiver vacinada".
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Ainda segundo eles, sabe-se que "a princípio não tem vacina de crianças menores de 13 anos, mas é preciso que seus responsáveis sejam vacinados, assim como os profissionais de educação". 
Comitê científico avalia volta às aulas presenciais
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O prefeito Eduardo Paes afirmou, nesta quarta-feira, que a volta às aulas presenciais ainda está sendo avaliada pelo comitê científico da prefeitura. As atividades, de forma presencial ou virtual, começará em 8 de fevereiro e terminará em 17 de dezembro. 
"Um conselho de especialistas vai definir de maneira adequada como será essa retomada das aulas. Mas defendo, de maneira muito forte, que não parece compreensível termos shoppings e praias abertas e termos escolas fechadas. As nossas crianças já sofreram demais. Obviamente vou respeitar aquilo que os especialistas disserem. Mas vamos trabalhar para as crianças voltarem a estudar (presencialmente) com todas as regras. Adoraria ter um posicionamento de como será o esquema. Mas ainda não temos", afirmou o prefeito.
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