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"Não temos mais recursos. Buscamos parcerias para fornecer cestas básicas para nossos trabalhadores, mas sabemos que não é o suficiente", lamenta Fernando Horta, presidente da Unidos da Tijuca. E conta ao jornal O DIA que a escola não tem só a despesa dos funcionários, manter toda infraestrutura demanda dinheiro, são contas de energia, telefone, de manutenção, entre outras. "A escola não vive só de Carnaval, são shows, espetáculos, eventos na quadra (que fica na Leopoldina), mas com a pandemia essas atividades foram suspensas e isso comprometeu muito nosso orçamento", explica Horta.

"Os nossos profissionais estão passando por dificuldades. E eu lamento muito querer ajudar e não poder", diz Horta. Segundo ele, é preciso garantir recursos para, pelo menos, os próximos três meses. "Foi prometida uma solução (na gestão anterior) para novembro, depois foi adiada para dezembro, e agora já estamos em fevereiro. Um mês para quem está com fome é muita coisa!". A expectativa de Horta é que em 3 meses a pandemia dê um "refresco" e adverte: "Mas o povo não colabora", se referindo aos protocolos de segurança sanitária que recomendam uso de máscara, álcool gel e distanciamento.

O presidente da Portela, Luís Carlos Magalhães, também chama atenção para as dificuldades que os trabalhadores da escola de samba estão enfrentando e diz que a agremiação vai buscar uma saída conjunta com o prefeito (Eduardo Paes), a Liesa, o governador do estado (Cláudio Castro) e o conjunto das escolas. "Estamos com barracões interditados e a pandemia impedindo eventos na quadra. Há muitos trabalhadores do Carnaval sem qualquer perspectiva", diz Magalhães.

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