Polícia prende casal suspeito de matar jovem que estava desaparecida na Baixada
Reprodução de vídeo / Divulgação / Polícia Civil - Reprodução de vídeo / Divulgação / Polícia Civil
Polícia prende casal suspeito de matar jovem que estava desaparecida na Baixada Reprodução de vídeo / Divulgação / Polícia CivilReprodução de vídeo / Divulgação / Polícia Civil
Por Thuany Dossares
Rio - A Polícia Civil prendeu, na noite de quinta-feira, um casal que pode ser o responsável pelo homicídio e ocultação de cadáver da jovem Jenifer Amaral, de 18 anos, em Magé, na Baixada Fluminense. O suspeito é o ex-namorado da vítima, Jorge Rios da Motta Neto, de 21 anos, e a atual namorada Maiara Silva Pacheco, 20. Em depoimento, o homem chega a dizer que não se arrepende de ter cometido o crime e que faria de novo.
De acordo com as investigações do Setor de Descoberta de Paradeiros, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Jorge assassinou Jenifer por achar que a ex-namorada atrapalhava a sua vida amorosa e que sua morte lhe traria mais tranquilidade.
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“Agora ele confessou o homicidio e diz que havia uma espécie de relacionamento abusivo, que ela ja fez ele terminar dois namoros para ficar com ela e depois não ficava, que simulou desta vez que iria terminar, premeditou o homicídio para se ver livre dela e faria a mesma coisa novamente”, explica o delegado titular da DHBF, Uriel Alcântara.

Após sua prisão, Jorge contou aos agentes que já havia terminado outros dois relacionamentos por ter sido pressionado pela vítima.

Embora o suspeito afirme que Maiara não sabia do crime, os policiais apontam contradições e mentiras em outros depoimentos que geram dúvidas quanto a isso.

Contra o casal foi cumprido um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado por feminicídio, e ocultação de cadáver.

Simulou término para atrair a vítima

Os policiais da DH descobriram que dias antes do desaparecimento de Jenifer, que aconteceu no dia 21 de janeiro, ela e Jorge estavam conversando pelo Instagram. Nas mensagens, ele simulou que tinha terminado o namoro com sua atual, Maiara, pois, segundo as investigações, ele já tinha a intenção de cometer o crime.

Na noite do dia 21, Jeniffer foi até a casa do ex, onde acabou sendo morta. Os policiais da especializada descobriram que durante uma discussão, a vítima foi esganada até desmaiar e, em seguida, teve o seu pescoço cortado, o que resultou em sua morte.

O corpo de Jeniffer foi enrolado em um lençol e edredom e deixado na residência onde Jorge morava com sua mãe, que não estava em casa naquela noite. Após cometer o crime, ele contou que teria saído para dormir com a namorada, Maiara, e que voltou para casa às 5h, do dia 22, para enterrar a ex em uma cova rasa, numa área do quintal do vizinho que estava em construção.

O corpo de Jeniffer foi encontrado nesse local, durante buscas dos agentes da DH. Em seu depoimento, Jorge declarou que não se arrepende do que fez, tendo coragem de fazer de novo, e que achou que o corpo não seria encontrado.

Desapareceu após sair de carro de aplicativo

Jeniffer estava desaparecida desde o dia 21 de janeiro. Segundo a DHBF, ele solicitou um carro de aplicativo, fazendo o trajeto Fragoso - Piedade, em Magé, e após desembarcar não foi mais vista. A mãe dela registrou o caso três dias depois na 66ª DP, que encaminhou o caso para o Setor de Descoberta de Paradeiros da DHBF.

Em depoimentos prestados antes da Polícia encontrar o corpo da jovem, o casal suspeito chegou a dizer que havia se encontrado por volta do mesmo horário que Jeniffer desapareceu e que teriam dormido juntos.

Jorge também disse anteriormente aos investigadores que não mantinha mais contato com a ex-namorada desde outubro, pois Maiara teria pego conversas entre os dois e não gostou.

No entanto, os agentes encontraram mensagens trocadas entre vítima e suspeito dias antes do desaparecimento e no dia do crime. Segundo a polícia, Jorge marcou um encontro com Jeniffer e foi por este motivo que ela solicitou um carro por aplicativo.