A Marquês de Sapucaí e a Apoteose ficarão iluminadas em homenagem às vítimas da covid - FOTOS: Luciano Belford
A Marquês de Sapucaí e a Apoteose ficarão iluminadas em homenagem às vítimas da covidFOTOS: Luciano Belford
Por O Dia
Rio - Com o cancelamento do Carnaval do Rio devido a pandemia do coronavírus, o Sambódromo não receberá os tradicionais desfiles das escolas de samba. Porém, a avenida não passará os dias que seriam de folia no escuro. A partir desta sexta-feira e até sábado (20), quando seria realizado o Desfile das Campeãs, a Marquês de Sapucaí e a Apoteose ficarão iluminadas todas as noites até meia-noite em homenagem às vítimas da covid-19 e, em especial, as do mundo do samba. A iluminação, a cada 10 segundos, lembra as cores de cada uma das escolas de samba do Rio.
Nesta noite, o prefeito Eduardo Paes participou de uma cerimônia e entrega da chave da cidade para os profissionais de saúde. De acordo com a tradição, o prefeito, em época de Carnaval, entrega a chave da cidade para o rei Momo.
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Por causa da pandemia, desta vez, será o rei Momo passou relíquia para o Paes, que a entregou para duas profissionais de saúde que participam do combate ao coronavírus – entre elas, Adélia Maria dos Santos, de 71 anos, que trabalha na Secretaria Municipal de Saúde desde 1979 e é uma das fundadoras do Programa de Imunização da cidade. Foi ela quem tomou a primeira dose de vacina aplicada no Rio, em cerimônia no Cristo Redentor.
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"Não vai ter carnaval porque a gente quer salvar vidas. Não vai ter carnaval porque a gente precisa preservar vidas. Não vai ter carnaval porque quem amamos e até os que não conhecemos não podem ficar expostos a essa doença que, infelizmente, matou no mundo uma quantidade enorme de pessoas. Essa também é uma homenagem a todas essas vidas perdidas", declarou o prefeito.
"É uma dessas ironias do destino. Durante quatro anos o prefeito que me antecedeu fez de tudo para prejudicar essa manifestação cultural tão importante que é o carnaval. E justamente na hora que eu assumo a prefeitura a gente passa por esse momento difícil da história da humanidade, difícil para todos nós brasileiros e cariocas. A gente não pode celebrar essa festa que celebra a vida, o carinho entre as pessoas e a alegria", disse Paes, em referência à gestão de Marcelo Crivella. 
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Ele também reforçou o apelo para que a população evite aglomeração: "Nos próximos dias, é para não ir a festas e nem desfilar em blocos. Vamos curtir o carnaval de maneira diferente. A minha promessa, o meu compromisso, quero assumir aqui perante o Rei Momo: em 2022, faremos o maior carnaval da história. Vamos fazer uma celebração inesquecível, para compensar esse ano".
A cerimônia contou com a presença do vice-prefeito Nilton Caldeira, da presidente da Riotur, Daniela Maia, do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, do presidente da Rioluz, Bruno Bonetti, da secretária municipal de Conservação, Anna Laura Secco, do subprefeito do Centro do Rio, Leonardo Pavão, de familiares do Candonga, e do presidente da Liesa, Jorge Castanheira.