Estrada de acesso a Tubiacanga, na Ilha do Governador - Foto: Reprodução / Google Maps
Estrada de acesso a Tubiacanga, na Ilha do GovernadorFoto: Reprodução / Google Maps
Por O Dia
Rio - Com o início da pandemia do novo coronavírus, moradores de Tubiacanga, na Ilha do Governador, Zona Norte, passaram a enfrentar uma recorrente falta de ônibus até o local. A colônia de pescadores, que fica entre o Aeroporto Internacional Tom Jobim e a Baía de Guanabara, tem um acesso, ao lado do Parque Royal. Para chegar até lá de ônibus, existe apenas a linha 922 (Tubiacanga x Aeroporto Internacional), que, de acordo com denúncias de moradores, circula em apenas dois horários: às 5h e 6h da manhã.  
A atendente Tânia Henriques, 59 anos, já chegou a esperar pelo ônibus no ponto final por mais de uma hora. Para chegar ao trabalho pontualmente, a moradora de Tubiacanga precisou mudar o horário. "Aos domingos, preciso registrar minha entrada às 6h da manhã. Por três finais de semana seguidos, cheguei ao ponto final às 4h30 da manhã com medo de perder o ônibus, que deveria chegar às 5h. Quando deu 5h30, precisei sair de Tubiacanga a pé. Só não cheguei atrasada porque corri muito até a Portuguesa", lembrou a atendente, que precisou andar por cerca de quatro quilômetros em 40 minutos até o ponto de ônibus. 
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Diretora da Associação de Moradores de Tubiacanga (Amat), Thais de Souza, 44 anos, tem uma experiência parecida. A agente comunitária contou que a associação cobrou um posicionamento da Prefeitura do Rio, que explicou que a circulação foi reduzida por causa da pandemia. "Sofremos com o impacto no momento em que não se tem ônibus e ficamos somente com as vans. Isso é ruim pois [as vans] não levam os estudantes, talvez pela quantidade, e ainda temos idosos. Por que [não têm ônibus]? Me pergunto pois outras linhas da Ilha estão circulando e Tubiacanga nesse precariedade", criticou. 
Em nota ao DIA, a Prefeitura do Rio afirmou que a linha 922 é uma das 40 linhas de ônibus que tiveram a circulação reduzida ou zerada durante a pandemia. Por ser considerado de média prioridade, a Prefeitura estabeleceu que o consórcio Internorte tem até o dia 30/04 para normalizar o serviço.
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"Por meio do monitoramento de dados de GPS dos ônibus que circulam pela cidade, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), em parceria com as subprefeituras, está fazendo um levantamento e já identificou, no período de 4 a 14 de janeiro, que 40 linhas de ônibus consideradas de alta e média prioridade para a população estavam com a operação reduzida ou zerada. Os consórcios já foram notificados e deverão apresentar um cronograma de reativação dessas linhas. As de alta prioridade devem retornar até o dia 30/03 e as de média prioridade, até o dia 30/04".