De acordo com o filho de Audenir, Breno de Medeiros, 24 anos, a unidade colocou a idosa ao lado de pessoas com casos confirmados de covid-19, mesmo ela sendo apenas um caso suspeito. A paciente chegou a realizar o teste, que acusou negativo para o vírus. Um dia depois, ainda na UPA, Audenir sofreu um infarto. Segundo Breno, os médicos informaram para a família que não sabiam se o infarto havia sido causado pela covid-19 ou por problemas de hipertensão.
Dois dias após a internação e a exposição de ficar ao lado de pessoas confirmadas com o coronavírus, ainda na unidade de pronto atendimento, Audenir sofreu um AVC e foi levada às pressas para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte. Na unidade, a paciente fez uma tomografia e logo retornou para a UPA, pois, de acordo com o Hospital Getúlio Vargas, não havia vaga para Audenir.
Foi então que a família da idosa iniciou uma peregrinação para conseguir vaga em alguma unidade de saúde, já que o caso dela é grave e é necessário profissionais especializados para seguir tratando do caso. Breno então começou a questionar a UPA do Engenho Novo sobre a transferência da sua mãe, mas a unidade diz apenas que não há vagas para que a transferência seja feita. "Nós já tentamos de tudo, até inscrevi ela no SISREG, mas nada aconteceu. Minha mãe precisa ser transferida com urgência. Não sabemos mais a quem recorrer", desabafou o filho da idosa.
Indignado com a situação, Breno pede que a mãe seja transferida para o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no Centro do Rio, no entanto, ainda não há previsão de transferência para Audenir, que vai completar uma semana internada na UPA do Engenho Novo, nesta terça-feira (30).
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