Antes de morrer, porteiro disse que motoboy o chamou de 'macaco' e 'crioulo safado'
Jorge estava internado no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa a mulher e dois filhos
Rio - Foi enterrado na tarde desta segunda-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste da cidade, o porteiro Jorge José Ferreira, de 57 anos, que morreu na noite de sábado (3) após ser agredido pelo motoboy Marcus Vinícius Gomes na última segunda-feira (29) num prédio na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. Cerca de 70 pessoas estiveram no local para se despedir do porteiro.
Aroldo Mendonça, de 59 anos, policial federal e morador do prédio em que Jorge trabalhava, e que chegou no condomínio logo após o incidente, disse quando tentou socorre-lo, Jorge falou que tinha sido chamado de "macaco" e "crioulo safado" pelo entregador.
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"Ele me falou isso e eu fiquei sem acreditar. Já no hospital, um dos filhos dele me contou a mesma história. Falou que o pai estava com vergonha de ter apanhado e de ter sido chamado de 'macaco' e 'crioulo safado'".
Aroldo diz ainda que lamenta por ter chegado no local apenas depois que aconteceu a confusão.
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"Se eu chego antes, tinha te algemado e te levado direto para a delegacia. Uma pena eu não estar lá para poder fazer justiça. Você é um desqualificado. A sua família deve estar com muita vergonha de você. Lamentável bater em um senhor de 58 anos de idade, com trombose, que sofreu um AVC há pouco tempo. E você a todo o momento gritava: "vou te matar". Você vai para o Tribunal do Júri. Eu quero assistir a sua condenação. Você vai pagar pelo crime que cometeu", finaliza.
*Matéria em atualização
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