Jairinho e Monique são acusados de assassinar o menino Henry Borel
Jairinho e Monique são acusados de assassinar o menino Henry BorelReprodução
Por O Dia
Rio - Monique Medeiros, mãe do menino Henry, redigiu uma nova carta na prisão em que afirma ter sido rigorosamente controlada pelo ex-advogado, André França, nos dias anteriores ao depoimento prestado na 16ª DP (Barra). França fez a defesa tanto de Monique, quanto de Dr. Jairinho, e ambos deram a versão de que o menino havia sofrido um acidente doméstico em casa. A hipótese foi descartada na reprodução simulada. A Polícia Civil concluiu o inquérito na última segunda-feira (3) e pediu que a prisão temporária do casal seja convertida em prisão preventiva.
Em nova carta, divulgada pelo 'Fantástico', da TV Globo, Monique diz ter sido controlada nos dias anteriores ao depoimento. "Todos os meus passos eram controlados, todas as ligações que eu fazia havia alguém por perto, sempre monitorada. Eu acalmava meus pais, dizendo que eram orientações do advogado, André França. Era um controle absoluto!", afirmou.
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De acordo com Monique, França "só aceitaria o caso" se ela combinasse "uma versão inventada" com Jairinho. Disse ainda que, para a família de Jairinho, "aquela seria a única versão". Em nota, a defesa do advogado afirmou jamais ter alterado qualquer narrativa.
"O Dr. André se apresentou, disse que era casado, que tinha 4 filhos, que estudou para ser padre, que era religioso e que não pegava casos de homicídios se não acreditasse na inocência dos seus clientes e nos separou. Fez uma entrevista particular comigo, e depois, fez a mesma coisa com Jairinho separado".
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Polícia indicia Jairinho e Monique por homicídio duplamente qualificado
A Polícia Civil do Rio indiciou o vereador Dr. Jairinho e sua ex-companheira Monique Medeiros, a última segunda-feira, por homicídio duplamente qualificado no inquérito que apura a morte do menino Henry, de 4 anos. O parlamentar foi denunciado por tortura nos dias 2 e 12 de fevereiro, a mãe da criança por omissão quanto à tortura do dia 12 e ambos por homicídio duplamente qualificado.
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O delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), revelou que o inquérito foi concluído também nesta segunda. Com o fim das investigações, a Polícia Civil vai representar pela prisão preventiva do casal e o Ministério Público decidirá sobre o pedido.