Na coletiva, o delegado vai divulgar se irá indiciar a babá da criança por falso testemunho, já que ela só disse a verdade em um segundo depoimento, após ser confrontada com mensagens de WhatsApp que mostravam a agressão a Henry.
Com o inquérito finalizado, Monique perde a chance de ser ouvida pela segunda vez, como havia sido solicitado pela defesa dela. Os advogados Thiago Minagé, Hugo Novaes e Thaise Mattar insistiram durante dias para que Monique pudesse dar uma nova versão dos fatos. Em uma tentativa de chamar a atenção das autoridades, Monique Medeiros chegou a escrever uma carta de 29 páginas relatando uma nova versão dos fatos.
Na ocasião, a defesa de Leniel Borel, pai de Henry, desqualificou a carta escrita pela mãe. O advogado do pai do menino Henry Borel, Leonardo Barreto, disse que carta escrita por Monique Medeiros é composta por vários pontos mentirosos e que o conteúdo não traz nenhum fato novo ao inquérito, apenas uma tentativa da defesa de Monique de conseguir um novo depoimento. De acordo com a defesa de Leniel Borel, a mãe do menino estaria "pegando carona" no depoimento das ex-namoradas de Dr. Jairinho.
"Henry, hoje seria seu aniversário de 5 aninhos", disse o pai relembrando o aniversário do menino, e seguiu com a homenagem: "Mais uma festa para comemorarmos juntos, sempre do jeitinho que você queria, com todos os personagens, brincadeiras, bolos e brigadeiros que você gostava" e finalizou: "Estarás vivo em meu coração", citando um versículo bíblico posteriormente.
Após um mês das investigações, os policiais civis da 16°DP (Barra da Tijuca) concluíram que Jairinho agredia o menino diversas vezes e que a mãe tinha conhecimento dos fatos, pelo menos desde o dia 12 de fevereiro. Além disso, foi constatado que Monique e a babá de Henry mentiram ao dizer no primeiro depoimento que a relação da família era harmoniosa.
O processo foi aprovado por unanimidade, com três votos, pelos vereadores Alexandre Isquierdo (DEM), Dr. Gilberto (PTC) e Inaldo Silva (Republicanos). O pedido foi formulado pelo próprio Conselho de Ética na última segunda-feira (26), e tem por base a investigação conduzida pela Polícia Civil sobre a morte do menino Henry Borel.