Henry Borel: nova defesa de Monique Medeiros afirma que ela foi mais uma vítima de Dr. Jairinho
Casal segue preso pela morte do filha da professora. Os advogados querem que ela possa prestar novo depoimento, onde irá contar a verdade
Rio - Os advogados que defendem a professora Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, afirmam que ela era mais uma vitima do vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho (sem partido), que é acusado de violência física contra a ex-mulher e outras duas ex-namoradas. A defesa quer que ela preste novo depoimento à polícia e conte toda a verdade sobre seu relacionamento com o parlamentar, mas não entraram em detalhes se ela agredida ou não. A Polícia Civil vai definir, nesta segunda, se convocará Monique será para novo depoimento.
De acordo com a defesa, a polícia abriu precedente para um novo depoimento de Monique ao ter convocado outras testemunhas que já estiveram na delegacia, no entanto omitiram informações sobre a rotina de violências de Jairinho.
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A advogada Thaise Mattar Assad, que faz parte da equipe de defesa da professora chegou a dizer, na semana passada, que a prisão passou a representar para Monique sua libertação contra a opressão e o medo, dando a entender que ela teria sido coagida pelo namorado.
O casal Jairinho e Monique estão presos, segundo a polícia, pelo homicídio de filho dela. Jairinho responde pela morte e por supostas sessões de tortura. Para a polícia, a professora foi conivente com o caso, já que soube da forma que o filho era tratado pelo namorado dela, mas não o denunciou e permaneceu ao seu lado, mesmo depois da morte da criança.
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Jairinho está preso no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. O MPRJ investiga suposta regalias ao vereador dentro da cadeia.
Já Monique, está no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
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A Polícia Civil deve decidir nesta segunda-feira (19) se ela será convocada para novo depoimento ou não.
O delegado Antenor Lopes, diretor de Polícia Civil, disse que a expectativa é que o inquérito da morte de Henry Borel seja concluído ainda essa semana. O menino morreu no dia 8 de março e um mês depois a polícia identificou que Jairinho e Monique estariam envolvidos na morte da criança.
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NOTA NA INTEGRA DA DEFESA
Dentro do objetivo de atuar com a verdade, a defesa da Sra. Monique Medeiros, insiste na necessidade da sua nova audição pelo Senhor Delegado de Polícia que preside o Inquérito e faz um público apelo, para a referida Autoridade Policial, neste sentido. Se várias pessoas foram ouvidas novamente, não tem sentido deixar de ouvir Monique. Logo ela que tanto tem a esclarecer. Não crê a defesa que exista algum motivo oculto para “calar Monique” ou não se buscar a verdade por completo.
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A defesa observou, do estudo dos novos elementos do Inquérito, que há repetição de um comportamento padrão de violência contra mulheres e crianças. Neste lamentável caso, a diferença foi a morte da criança.
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