André Marques é piloto conhecido nas corridas de caminhões pelas vitórias e pole positions na Copa Truckdivulgação
Não é a primeira vez que Marques acelera no setor de combustíveis. Ele já foi sócio de postos e capotou na curva ao ser flagrado vendendo combustíveis adulterados para consumidores em São Paulo. O Ministério Público paulista, inclusive, apresentou denúncia contra ele, o que já deveria bastar para baní-lo por um bom tempo.
Mas a maior derrapada de Marques foi descoberta pela Polícia Federal em setembro do ano passado. Numa investigação sobre tráfico de drogas, a PF ligou o piloto à maior facção criminosa do país: o PCC. Relatório da operação “Rei do Crime”, que conta com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), aponta operações entre Marques e dois homens, cujos apelidos são “Tonhão” e “Alemão”, acusados de lavar parte do dinheiro da organização criminosa por meio de postos de combustíveis.
Outros alvos da PF
Além de Marques, outros nomes aparecem na investigação da PF relacionados a falcatruas no setor de combustíveis. A distribuidora Noroeste, por exemplo, matinha ligação com a facção criminosa e após reportagem do jornal O Dia teve que encerrar suas atividades. Segundo fontes do mercado, Daniel Gianfrati proprietário da empresa Noroeste, foi identificado por ter vendido uma empresa de intermediação de venda de combustíveis para Jean Galian, membro da facção que foi preso em 2019 por ter participado do roubo do Banco Central em Fortaleza. Ainda segundo fontes do mercado, o fim da Noroeste não significou a retirada da facção criminosa do setor de combustíveis. Estaria, segundo as mesmas fontes, usando a Direcional – que foi interditada em 2020 por falta de licença ambiental – para continuar nos negócios.
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