Rio - Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) realizaram, nesta quarta-feira, a segunda fase da operação Caminho do Cobre, para reprimir o comércio clandestino de materiais metálicos. As diligências aconteceram desde às 10h, em mais de 50 ferros-velhos no Rio e em municípios da Baixada Fluminense, com o apoio das delegacias de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Defesa dos Serviços Delegados (DDSD). Ao todo, 24 pessoas foram presas.
As investigações da especializada apontaram que os estabelecimentos alvos da operação desta quarta-feira são fornecedores de grandes recicladoras, já que são os primeiros a adquirir os materiais furtados de empresas de prestação de serviço público.
"A DRF tem feito rotineiramente diversas ações e, no mês de julho, fizemos a operação Caminhos do Cobre, onde foram alvos de mandados de busca e apreensão, cinco grandes recicladoras do Estado. Nesses locais, a gente conseguiu apreender farto material metálico, além de telefones celulares, computadores e documentos. A partir dessa diligência (de julho), a gente conseguiu levantar indícios de que os 50 estabelecimentos alvos da operação de hoje são os fornecedores dessas recicladoras. Por isso, hoje nós montamos essa operação", explicou o delegado Gustavo Castro, titular da DRF.
O objetivo da segunda fase da ação também era sufocar elos da cadeia criminosa de receptação de cabos de cobre e demais equipamentos, como baterias estacionárias, cabos de fibra ótica, materiais de ferrovias, geradores, transformadores e placas metálicas.
"Foi publicado hoje também, pelo governador Claudio Castro, um decreto dando poderes fiscalizatórios a DRF. Todos os estabelecimentos alvos hoje são ferros-velhos e terão que ter autorização da DRF para funciona. Eles têm um prazo de 90 dias para se ajustar, e manter o cadastro de todas as negociações envolvendo materiais de empresas concessionárias, fios de cobre, fibra ótica, baterias estacionárias, etc. Todos materiais terão que ter uma descrição minuciosa da onde ele foi adquirido, com quem, valor quantidade, ele não pode não ter procedência, todos materiais terão que ter registro da forma como foram adquiridos", esclareceu o delegado.
De acordo com a polícia, além da fiscalização da procedência dos materiais disponíveis para comércio de sucata, já exercida pela DRF, também foi verificada a regularidade e observância das normas ambientais por estes estabelecimentos, assim como a existência de outros tipos de irregularidades a serem apuradas pela DPMA e pela DDSD.
"Estamos fiscalizando não só a parte de materiais metálicos, principalmente fios de cobre, mas também a prática de crimes ambientais e irregularidade de furto de energia e água", finalizou Castro.
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