PUC-Rio vai exigir 'passaporte da vacina' para alunos, professores e funcionários da unidadeDivulgação ASCOM PUC - Fernanda Maia

Rio - Seguindo as determinações das autoridades sanitárias, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) vai exigir a apresentação do certificado de vacinação de alunos, professores e funcionários para as atividades presenciais no campus. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, através do reitor da unidade, Pe. Josafá Carlos de Siqueira. O "passaporte de vacina" foi uma exigência anunciada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, durante a divulgação do 34° Boletim Epidemiológico da cidade. O decreto prevê que estabelecimentos de uso coletivo passem a exigir um comprovante de vacinação para permitir a entrada de cariocas nos espaços internos.
A medida da Prefeitura passa a valer na próxima quarta-feira (15) e tem o objetivo de limitar a circulação de pessoas que não estiverem vacinadas contra a covid-19 dentro do Rio. Em nota, a PUC-Rio disse que "diante do surgimento de novas variantes, a Universidade, como casa da ciência, não pode deixar de seguir as recomendações de pesquisadores que têm se dedicado em prol do combate à pandemia".
A universidade deve acompanhar a data de exigência prevista pela Prefeitura, que é a partir do dia 15 de setembro. "No tempo oportuno, a Universidade, em cumprimento às determinações das autoridades sanitárias, exigirá a apresentação do certificado de vacinação para o ingresso no campus", destacou.
As aulas na PUC-Rio acontecem atualmente no formato híbrido e só devem retomar ao formato presencial em 2022.
Alerj vota proibição da exigência do 'passaporte da vacina'
Nesta quinta-feira, às 18h35, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vai analisar, em regime de urgência e votação única, o projeto de lei 4710/2021, da deputada estadual Rosane Felix (PSD), que proíbe a exigência de apresentação de comprovante de vacinação contra a covid-19 para acesso e permanência nos templos religiosos e locais de culto. Caso receba emendas, a proposta sairá de pauta.
A deputada justifica que, além de já existir um controle sanitário determinando regras para templos religiosos, a Constituição Federal estabelece ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo a proteção aos locais de culto e as suas liturgias.
Leia a nota da universidade na íntegra:
"Diante do surgimento de novas variantes da COVID-19, a Universidade, como casa da ciência, não pode deixar de seguir as recomendações de pesquisadores que têm se dedicado em prol do combate à pandemia. Sabemos que as vacinas são mecanismos mais seguros de proteção desse vírus que tem provocado estragos na saúde das pessoas e na dinâmica econômica da sociedade. Somos também conscientes que a proteção individual tem uma importância na saúde coletiva de todos, independentemente de opções ideológicas, partidárias ou religiosas.
Neste sentido, a PUC-Rio tem um compromisso de colaborar para a redução dos quadros de infecção que vem aumentando em nosso Estado e no Município do Rio de Janeiro, sobretudo com o aparecimento de novas variantes virais. Além das medidas e protocolos que temos adotado nas entradas e circulação no nosso campus universitário, faz-se necessário conclamar a todos os professores, funcionários e alunos que não deixem de se proteger, vacinando-se e evitando a propagação do vírus.
Não podemos esquecer três coisas importantes: 1) A saúde individual e coletiva é "fundamental para que possamos fazer o planejamento de um retorno seguro das atividades acadêmicas; 2) O nosso marco referencial, número 14, nos exorta que o bem coletivo está acima dos interesses individuais; 3) a PUC-Rio deseja dar o testemunho, tanto do seu compromisso com a ciência, como do valor ético da saúde humana e do bem-estar de todos.

No tempo oportuno, a Universidade, em cumprimento às determinações das autoridades sanitárias, exigirá a apresentação do certificado de vacinação para o ingresso no campus. A Reitoria conta com a compreensão e colaboração de todos que integram a nossa casa comum universitária, vacinando-se e seguindo as medidas preventivas."