Prefeitura do Rio e TJRJ lançam Projeto Novos RumosFábio Motta/Prefeitura do Rio

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), Henrique Carlos de Andrade Figueira, e os secretários municipais de Trabalho e Renda, Sérgio Felippe, e de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, apresentam, nesta terça-feira (14), o Projeto Novos Rumos, que tem como objetivo encaminhar mulheres em situação de violência doméstica, que têm ações judiciais na Justiça fluminense, a uma inserção no mercado de trabalho. A solenidade de assinatura será realizada às 11h, no TJRJ, no Centro do Rio.
"As mulheres vítimas de violência se socorrem no sistema judiciário. Por isso, é muito importante que a prefeitura possa ajudar o judiciário. Se a mulher consegue se emancipar, ter o seu trabalho, o seu emprego, a sua renda e proteger seus filhos, ela se livra desse ciclo de violência", disse o prefeito Eduardo Paes.
Segunda a juíza Adriana Ramos de Mello, titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, pesquisas recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a pandemia acentuou a dificuldade financeira de muitas mulheres que não têm nem o alimento mais básico para comer.
“São dados estarrecedores e este convênio vem agora como um bálsamo. O Tribunal de Justiça do Rio, preocupado com a dificuldade que essas mulheres enfrentam, oferecerá a elas uma oportunidade de se inserirem no mercado de trabalho, em parceria com a Prefeitura”, destacou a magistrada.
"É muito importante dar mais um passo para cuidar da sociedade e fazê-la ainda melhor. O projeto é de uma importância fundamental, pois dá a mulher em dificuldade condições de se reerguer, para quebrar esse ciclo de violência. Melhorar as condições sociais é a nossa prioridade", disse o presidente do TJRJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira.
Para a magistrada, que atua há anos no combate à violência doméstica, um grande desafio hoje no Brasil é a questão do trabalho. “Grande parte delas sofre muito em função da dependência econômica, aquela relação se torna abusiva e elas não têm como se manter, não têm emprego”.
O foco do projeto é promover a autonomia financeira dessas mulheres por meio da inserção no mercado de trabalho formal, a fim de ajudá-las a encerrar o ciclo de violência doméstica. A Secretaria Municipal da Mulher e o Tribunal de Justiça vão indicar as candidatas às vagas de emprego.
"É importante lembrar que muitas mulheres em situação de vulnerabilidade doméstica convivem com o agressor por não ter renda própria para tomar a difícil decisão de recomeçar uma nova vida. Um emprego elevará a autoestima delas e a confiança de que é possível seguir adiante", destacou o secretário de Trabalho e Renda, Sérgio Felippe.
Para a secretária da Mulher, Joyce Trindade, a parceria do Tribunal de Justiça com a Prefeitura vai possibilitar que mais mulheres sejam encorajadas a denunciar, por saber que terão políticas públicas de acesso à autonomia econômica.
"Um dos principais motivos que dificultam uma mulher a romper com o ciclo da violência doméstica é a dependência financeira. Nossos equipamentos e serviços estão prontos para atendê-las e encaminhá-las às novas oportunidades de trabalho e na construção de uma cidade segura para as mulheres", enfatizou.