Homens foram vítimas de quase 75% dos acidentes e de 82% dos homicídios culposos que aconteceram no trânsito no período pandêmico, que se iniciou em março de 2020Fábio Costa
Com a menor circulação de pessoas nas ruas por causa do coronavírus, o estado do Rio registrou queda de mais de 35% nos acidentes de trânsito de março de 2020 a fevereiro de 2021 na comparação com o período anterior. O delito de lesão corporal culposa caiu quase 40% de 26423 para 16201 e o de condução de veículo embriagado ou sob efeito de drogas teve decréscimo de mais de 27%: foi de 1525 para 1110. Apesar da redução expressiva dos registros de acidentes, o número de homicídios culposos se manteve praticamente estável, apresentando queda de pouco mais de 2%. O número estava em 1953 e oscilou para 1911 na pandemia.
Os homens foram vítimas de quase 75% dos acidentes e de 82% dos homicídios culposos que aconteceram no trânsito no período pandêmico, que se iniciou em março de 2020. Pessoas com idades entre 30 e 59 anos representaram mais de 48% das vítimas fatais e metade dos acidentados no estado.
Sobre a divisão espacial dos delitos, os municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu, São Gonçalo e Duque de Caxias ocupam as primeiras cinco posições no ranking dos que registraram mais acidentes de trânsito no período da pandemia. No interior do estado, Campos aparece em primeiro lugar, seguido por Araruama, Petrópolis, Teresópolis e Volta Redonda.
Especificamente na capital, três avenidas se destacam no número de registros de acidentes: Avenida Brasil, Avenida das Américas e Avenida Dom Hélder Câmara. Já no caso dos homicídios culposos, a Avenida Brasil continua aparecendo em primeiro lugar, mas vem seguida da Avenida Cesário de Melo e da Avenida Santa Cruz.
"O site do ISP é uma ferramenta de pesquisa utilizada por muitos profissionais, estudantes e também por governos. Ao criar esse painel específico para trânsito, a nossa ideia foi facilitar a consulta aos principais delitos que acontecem nas ruas do estado e dar mais transparência a esses dados. Da mesma forma, queremos que a população tenha a dimensão do problema e entenda a necessidade de tornarmos o trânsito um local mais seguro para todos", afirma a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz.
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