Casa de eventos Espaço Hall, na Avenida Ayrton Senna 5.850, na Barra da Tijuca Reprodução / Google Street View

Rio - Um dia após a publicação do decreto da Prefeitura do Rio que liberou a lotação de espaços como teatros, cinemas, museus e centros comercias, as grandes casas de show do estado se preparam para receber o público nesse novo momento de flexibilização da pandemia da covid-19.
Apesar das opiniões divergentes dos especialistas sobre as medidas de relaxamento, agora as atividades já podem ser retomadas em 100% da capacidade de público nestes locais, sem necessidade de distanciamento. Porém, o decreto desta segunda-feira (18), manteve o limite de 70% para boates, danceterias e salões de dança. O uso de máscaras também segue obrigatório nesses espaços. A Prefeitura também anunciou que a partir do dia 26, será dispensado também o uso de máscara na rua.
Produtores e empresários demonstram otimismo com o retorno do público às casas de show. "Estamos entusiasmados com esse novo momento. A economia voltou a aquecer e os setores aos poucos voltando ao normal. Com o entretenimento não poderia ser diferente, pelo contrário, fomos fortemente afetados com esta pandemia e até o momento não nos restabelecemos por completo. Continuaremos a seguir os decretos impostos pela prefeitura, que tem suas decisões respaldadas pela área da saúde. Manteremos nosso projeto de higienização e de segurança. Todo avanço conquistado, não pode ser perdido, para conforto e maior segurança do nosso público", disse Maurício Dutt, sócio-diretor do Espaço Hall, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
É importante lembrar que a capacidade máxima de público nos teatros e algumas casas de show está longe de ser atingida como explica o produtor João Luiz Azevedo: "O teatro João Caetano, por exemplo, tem 1.200 lugares e estávamos recebendo 200 pessoas, apesar da capacidade liberada ser de 330. Ou seja, eu não vou conseguir, nem eu, nem ninguém, colocar 1.200 pessoas. Então mais importante que abrir os teatros, seria uma campanha de valorização. Mostrar que o teatro é um lugar seguro".
Com a queda do interesse do público à esses espaços, eles se encontram com lotação bem abaixo do limite, portanto, mesmo com a liberação da capacidade máxima, os teatros permanecem vazios.
Já o Vivo Rio alegou que está operando com 60% da ocupação. Ainda garantiu que mesmo com a autorização da prefeitura, o aumento da capacidade será feito de forma gradual "para não atrapalhar os clientes que adquiriam ingressos com o distanciamento".
Afirmou ainda que continuará seguindo os protocolos como o uso de álcool em gel, higienização do local, sanitização da casa, uso de máscara, controle de saúde com os colaboradores, produção e artistas, além do comprovante de vacinação.