MPRJ e PMERJ assinam Resolução Conjunta para aperfeiçoar a apuração de crimes cometidos durante operações policiaisfotos Reginaldo Pimenta
Ao contrário do IPM, com conclusão prevista de até 60 dias, o RPM deve ser concluído na metade do tempo. Além disso, o RPM pode ser conduzido por um suboficial da PM, ao contrário do IPM, que é, obrigatoriamente, presidido por um oficial. Isso fará com que as investigações ganhem em agilidade, uma vez que o contingente de suboficiais é maior do que o de oficiais na corporação.
Titular da 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça Militar, o promotor de Justiça Paulo Roberto Mello Cunha Junior, ressaltou que o MPRJ terá acesso ao RPM instaurado a qualquer tempo. "Essa ação é importante para a apuração das mortes decorrentes de intervenção policial porque agiliza e torna mais eficiente a investigação, usando um instrumento que é menos burocrático, tem menos formalidades e vai permitir que avancemos nas investigações de maneira mais rápida. Além disso, a substituição do IPM pelo RPM vai desafogar a Assessoria de Justiça e Disciplina dos batalhões e melhorar a tramitação dos IPMs, que serão instaurados depois de uma avaliação do material probatório presente no RPM. Neste caso, havendo indícios mínimos da prática de crime militar, o IPM será instaurado pela própria Corregedoria Geral da PMERJ ou mediante requisição do MPRJ", destacou o promotor.
De acordo com o secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, a iniciativa irá melhorar o controle da Secretaria sobre as investigações. "Nosso objetivo é dar agilidade, celeridade e melhorar o nosso controle. Tudo que puder contribuir para a melhoria da nossa qualidade de serviço e para a apuração dos fatos, nós vamos construir em diálogo com o MPRJ. Não tem outro caminho que não seja esse, de diálogo e construção em parceria", afirmou.
Além de Paulo Roberto Mello Cunha Junior e do secretário de Estado, estiveram presentes ao encontro a titular da 1ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça Militar e acumulando a 3ª Promotoria, a promotora de Justiça Allana Poubel, o coronel Sérgio Ribeiro, da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), o subsecretário de Estado da PM, coronel Carlos Eduardo Sarmento, o corregedor da PM, coronel Ricardo Arlem, e o coronel Rogério Lobasso, subchefe operacional do Estado Maior da PM.
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