Polícia FederalMarcelo Camargo/Agência Brasil

Rio - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (21) a operação Freeware, que mira fraudes em licitações e contratos realizados pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), na prestação de serviços de modernização portuária.

A operação conta com a participação de 20 policiais. Eles cumprem quatro mandados de busca e apreensão, sendo três em São Paulo e um no Recife, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

A investigação começou em 2019, a partir de auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que apontam, segundo a PF, "indícios da ocorrência de direcionamento em pregão eletrônico", o que pode responsabilizar servidores públicos nas fraudes licitatórias.
Auditorias do TCU e a interna da própria Companhia Docas indicam que há "grande probabilidade" de que equipamentos de tecnologia instalados por empresa uma contratada não passem de software já disponível na administração pública federal. Não haveria necessidade, portanto, da contratação desses servidores.

Um deles, segundo a PF, é o Sistema Eletrônico de Informação (SEI). Por isso, a conclusão é de que "há indícios de que não teria havido o desenvolvimento de qualquer produto efetivamente contratado, cujos contratos, somente com a Docas, somam mais de R$ 17 milhões".

Os investigados responderão pelos crimes de fraude em licitação e peculato.