Luiz Fernando de Souza, o PezãoIMAGEM ARQUIVO

Rio - A Justiça Federal do Rio de Janeiro (JFRJ) autorizou, nesta quinta-feira, a suspensão do uso da tornozeleira eletrônica do ex-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. O documento foi assinado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.
De acordo com a decisão, agora Pezão terá que cumprir as seguintes ordens: compromisso de comparecimento em Juízo para todos os atos designados pela autoridade competente; proibição de ocupar cargos ou funções públicas no Estado ou no Município do Rio de Janeiro, enquanto durar o processo; dever de comunicar eventuais viagens para fora do Estado do Rio de Janeiro; dever de informar ao Juízo eventuais mudanças de endereço residencial.
Prisão
No dia 4 de junho deste ano, Pezão foi condenado a mais de 98 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. No mesmo dia, Marcelo Bretas também condenou outras 10 pessoas, entre eles o também ex-governador Sérgio Cabral. 
A condenação aconteceu a partir da operação Boca De Lobo, resultado de delação premiada de Carlos Miranda, apontado como o operador da quadrilha chefiada por Cabral. De acordo com Miranda, Pezão recebia ilegalmente uma mesada de R$ 150 mil quando era vice-governador e teria recebido dois prêmios no valor de R$ 1 milhão e um terceiro de R$ 300 mil para fazer obras em sua casa, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense.
Após o recolhimento de provas como documentos, dados bancários, quebras de sigilo telefônicos, além de depoimentos e relatos de testemunhas, foi constatado que Luiz Fernando Pezão sucedeu Cabral nas práticas ilícitas ao comandar o governo do Rio.
Já no cargo de governador, Pezão é acusado de receber R$ 11,4 milhões da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).