A favela do Vidigal, na Zona Sul, será uma das comunidades com atividades nesta quinta-feira O DIA FOTO

Rio - O 'Dia da Favela' será comemorado nesta quinta-feira com homenagens ao sambista Arlindo Cruz, queima de fogos e outras atividades. Serão, ao todo, 12 pontos do Rio, Niterói e Duque de Caxias, com eventos entre aulões, oficinas, exposições, concursos e até batalhas de rima. A data celebra o primeiro dia em que o termo "favela" foi usado em referência às comunidades no Rio.
A homenagem ao músico Arlindo Cruz será feita na Escola República de El Salvador, no bairro da Piedade, na Zona Norte, onde o sambista estudou. A esposa do músico, o sambista e amigo Dudu Nobre e a bateria do Império Serrano, escola do coração de Arlindo estarão presentes na homenagem. Juntos eles irão cantar e tocar com um coral formado por alunos do colégio. A atividade começa às 10h.
Antes disso, ainda durante à madrugada, nas primeiras horas do dia 4, haverá uma queima de fogos coordenada em 450 favelas do Rio de Janeiro. Durante o dia, já estão marcadas atividades nas zonas Sul, Norte e Oeste da cidade, além de Niterói e Duque de Caxias. Os eventos começam às 8h em alguns pontos e vão até às 20h.
Entre as atividades, destaque para o aulão sobre a origem do 'Dia da Favela', na Escola Monte Castelo, em Coelho Neto, às 13h; Exposição Sua Arte Aproxima, que traz obras de grafite, no Museu de Arte do Rio, o Mar, na Praça Mauá, às 10h; Plantação de mudas na trilha do Morro Dois Irmãos, no Vidigal, na Zona Sul, às 9h, e  na mesma comunidade, por volta das 14h haverá uma palestra sobre a importância da data para as favelas. 
Além disso, também será feito o Concurso Pega a Visão que vai premiar jovens que fizerem os melhores cliques da sua comunidade e postarem nas redes sociais. Promovida pela Central Única de Favelas, a disputa levará a voto popular as imagens e os vencedores poderão ganhar passagens aéreas para qualquer destino no Brasil (ida e volta), um mural com sua foto transformada em grafite, livros e outros prêmios. 
"A favela tem uma enorme contribuição para a existência e desenvolvimento desse país. Foi o território que mais sofreu na pandemia, mas foi quem foi pra rua fazer os serviços que contribuíram para o asfalto permanecer em home office, evitando um caos maior", disse Preto Zezé, presidente nacional da CUFA. "Por isso 4 de novembro é dia de celebrar a força, a dignidade, resiliência, a luta e as conquistas da favela".