Governo do Rio inaugurou o II Centro de Equitação Terapêutica no Esquadrão Escola de Cavalaria da Polícia MilitarDivulgação/Governo do Estado

Rio - O governador Cláudio Castro inaugurou, neste sábado, 6, o II Centro de Equitação Terapêutica no Esquadrão Escola de Cavalaria da Polícia Militar, no bairro de Jardim Sulacap, na Zona Oeste do Rio. A unidade reforça o atendimento do Centro de Equitação, criado em 1996 no Regimento de Polícia Montada Coronel Enyr Cony dos Santos, em Campo Grande. Nesses 25 anos, foram realizados mais de 16 mil atendimentos gratuitos de equoterapia para policiais militares, seus dependentes, profissionais de outras instituições de segurança pública e a sociedade civil.
"Esse programa me emociona muito e mostra, mais uma vez, o valor da nossa Polícia Militar. Esse programa faz parte da minha trajetória, e ampliar um programa como esse é um grande presente para minha gestão. Todas as nossas ações têm um viés voltado para a pessoa com deficiência, e vocês podem ter certeza de que esse governo tem um coração voltado para essa causa", afirmou Castro.

Com a criação do segundo centro terapêutico, o número de atendimentos semanais aumenta de 38 para 128. Os encontros são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, das 7h às 19h.

A professora Raquel de Oliveira, de 41 anos, é mãe de Deborah, de 14, que tem autismo moderado. Após ingressar no programa do Regimento de Equoterapia de Campo Grande há dois anos, Raquel reconhece que as aulas foram essenciais para a melhora da qualidade de vida da filha.

"A Deborah sempre gostou de animais, e a gente como mãe sempre busca o melhor para o filho. A PM é dedicada, os cavalos são dóceis, o trabalho realizado fortaleceu a musculatura da Deborah, melhorou a sua autonomia e ela volta muito mais feliz para a casa depois das aulas", contou Raquel.

Método terapêutico

A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo por meio de abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiências e ou necessidades educacionais especiais.

"Esse é um trabalho de 25 anos da Polícia Militar, que atende não só policiais, como os seus dependentes e o público civil. A fila de espera é de mil pessoas e, por isso, a gente entendeu que precisava ampliar o programa. É gratificante ver o resultado de cada caso e isso não tem preço", disse o secretário de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, que já planeja a abertura de um terceiro centro, em São Gonçalo.

Para atuar nos dois centros, o projeto conta com uma equipe composta por 12 policiais militares com formação em Psicologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Educação Física e Pedagogia.

Além do apoio do governo estadual, a ampliação do programa conta com parceria do Detran, que encaminha vítimas de acidente de trânsito que tenham sofrido deficiência motora.