Delegacia de Homicídios irá analisar as armasReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Fuzis usados em operação da PM no Complexo do Salgueiro são entregues à DH
Armas passarão por confronto balístico
Rio - A Polícia Militar entregou oito fuzis, dos oito policiais que participaram da operação do último domingo no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio à Delegacia de Homicídios Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG). As armas foram entregues nesta quarta-feira (24), e passarão por confronto balístico. De acordo com a Polícia Civil, são quatro fuzis Colt calibre 5.56 e quatro AR-10 calibre .762, indicando que oito agentes usaram as armas.
Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil, os resultados dos laudos de necropsia apontaram que as mortes ocorridas foram provocadas por projéteis de arma de fogo (PAFs), "sem indício de facadas ou outro tipo de arma com ação cortante ou perfurocortante". A versão dos moradores na segunda-feira, quando os corpos foram retirados do mangue, era de que alguns tinham cortes que aparentavam serem de facas.
Desde segunda-feira, a DHNSG ouve testemunhas e moradores do bairro da Palmeira. Os policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) também devem ser ouvidos, quando forem identificados.
Comissão de Direitos Humanos da Alerj quer saber quantidade de munição usada
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) informou, na tarde de terça-feira, que oficiou a Polícia Militar para averiguar o efetivo e a quantidade de munição usada na operação no Complexo do Salgueiro. Ao menos oito corpos foram encontrados e retirados por moradores de uma área de mangue na região, na segunda-feira (22), horas depois de uma ação da corporação. No sábado (20), o sargento da PM Leandro da Silva, de 40 anos foi morto durante confronto com criminosos.
"Mais uma vez o noticiário é tomado por uma operação com alto número de mortos e com indícios de se tratar de uma operação vingança. Mais uma vez vemos o Estado confundir segurança com letalidade, uma vez que até o momento contabiliza-se 9 mortes e nenhuma prisão", afirmou a deputada Dani Monteiro (PSOL), presidente da comissão.
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