Trem do Samba retomou shows presenciais neste sábado (4)Fábio Costa/Agência O Dia
Fotos! Trem do Samba celebra legado da Velha Guarda em primeira edição presencial desde 2018
Evento em comemoração do Dia do Samba aconteceu neste sábado (4) com apresentações espalhadas pela Zona Norte do Rio
Rio - Após realizar uma live em 2020, o Trem do Samba aconteceu, na noite deste sábado (4), em sua primeira edição presencial desde 2018. O evento que celebra o Dia Nacional do Samba reuniu carnavalescos de diferentes agremiações no festival que contou com três palcos e 15 rodas de samba espalhadas por Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio.
Neste ano, a organização do evento implementou algumas mudanças para seguir os protocolos sanitários ao longo do evento. Dessa vez, a locomotiva que saiu da Central do Brasil, às 18h04, transportou apenas as velhas guardas das Escolas de Samba, a Corte do Carnaval e convidados. O público geral pôde acessar os locais do shows nos trens da grade regular.
Entre as personalidades que acompanharam o trem estavam Tia Surica da Portela e a porta-bandeira Selminha Sorriso. A festa ainda contou com apresentações de Marquinhos de Oswaldo Cruz, Samba do Trabalhador, Dudu Nobre, Leci Brandão, Dorina, Marquinhos Diniz e Mauro Diniz.
"O mundo do samba se encontra nesse dia. Estar com todo o pessoal foi um verdadeiro presente de Natal antecipado. O Trem do Samba reúne gente da cidade inteira para cantar e contar aquelas histórias que ficam no imaginário coletivo", ressalta Marquinhos de Oswaldo Cruz.
Evento tradicional no calendário do Rio, o Trem do Samba celebra o data dedicada ao gênero musical em todo o país, que, na cidade carioca, é comemorado com muita paixão pelos bambas. "Recriamos essa viagem para celebrar e resistir. O Rio é uma cidade cosmopolita e todos os gêneros passam por aqui. Todos os nossos bens do samba são imateriais, então, se a gente não realizar esses grandes eventos ele cai no esquecimento. Quando a gente faz essa viagem, mobiliza pessoas e cria uma nova perspectiva para a localidade, onde o sambista é o protagonista: os mais velhos, o compositor, o cantor, mas também o sambista que vai lá bater palma e cantar com a gente. É um simbolismo muito grande para cidade e para renovar essa historia", diz o cantor.
Seguindo os protocolos contra a pandemia de Covid-19, a festa foi um pouco mais enxuta neste ano, com vagões especiais para Velha Guarda e um número reduzido de palcos e rodas de samba. Apesar disso, a emoção do reencontro, que não acontecia desde 2018, foi o combustível da celebração. "Não esteve tão cheio como todos os anos, a gente fez uma politica de não ter todos os trens. Não tinha como fazer uma aglomeração tão grande", conta Marquinhos.
Mesmo realizado presencialmente, o evento também foi transmitido ao vivo nas redes sociais da festa. Esta foi a primeira vez que o Trem do Samba agita a Zona Norte do Rio desde a edição de 2018. No ano passado, o festival ocorreu apenas em formato de live por causa da pandemia do coronavírus, enquanto em 2019, a reunião foi cancelada por falta de patrocínio.
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