Leniel Borel e o filho HenryArquivo pessoal

Rio - Leniel Borel, pai de Henry Borel, que acompanha do lado de fora do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) a segunda audiência de julgamento de Monique Medeiros e Jairinho, rechaçou a fala de Coronel Jairo, pai do ex-vereador, sobre as lesões encontradas no corpo da criança no dia de sua morte. Ele, que foi a terceira testemunha ouvida hoje, disse que quando chegou ao hospital onde Henry estava, notou que não havia marcas de agressão no menino.
"Não havia nenhuma equimose no corpo da criança, nenhuma lesão. Eu penteei o cabelo dele umas três, quatro vezes, e não havia nenhum ferimento. Os médicos e enfermeiras também não relataram ferimentos. Depois, o corpo vai para o IML e o laudo sai com 23 lesões. Alguém está mentindo, ou o pessoal do hospital ou os peritos do IML"", disse Jairo.
Leniel, por sua vez, afirmou que a fala do Coronel é mentirosa. "O laudo está lá falando das lesões. Eu vi meu filho lesionado no nariz, no braço, no fígado. Todo mundo da Rede D'Or se comunicou e falava do meu filho como uma criança que chegou cheio de hematomas e marcas no hospital. Eu vi. Se ele está falando que não viu, é uma grande mentira".
Ao finalizar, o pai de Henry explica como estão sendo os oito meses longe do filho. "Todos os dias são de luta, de tristeza. Eu luto contra a depressão. Espero que a gente consiga vir a justiça sendo feita com aqueles dois monstros. Que eles saiam daí presos de maneira proporcional à brutalidade que fizeram".