As inscrições devem ser feitas até 5 de janeiro, pelo site do Centro de Produção da UerjReprodução / Internet

Rio - Professores das redes públicas municipais de educação básica das cidades de São Gonçalo, Itaboraí, Duque de Caxias e São João de Meriti, que não têm diploma de graduação, podem participar do processo seletivo especial da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que quer dar continuidade aos estudos desses profissionais. As inscrições devem ser feitas até 5 de janeiro, pelo site do Centro de Produção da Uerj.
Para participar, os professores precisam ter sido aprovados em concursos públicos, ter cumprido pelo menos três anos de exercício da profissão e não possuir diploma de graduação. Para a Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF), campus da Uerj em Caxias, a oferta é de 100 vagas nos cursos de Pedagogia, Geografia e Matemática. Já para a Faculdade de Formação de Professores (FFP), em São Gonçalo, são 88 vagas distribuídas entre Pedagogia, Ciências Biológicas, Geografia, História, Letras e Matemática.
Todos os candidatos que atendam aos pré-requisitos, comprovados por meio de documentação apresentada na matrícula, terão direito ao preenchimento das vagas oferecidas. Caso o número de inscritos seja superior ao número de vagas, haverá um sorteio público, previsto para 10 de janeiro. Os aprovados começam as aulas no próximo semestre letivo (2021.2), a partir de 2 de fevereiro.
"O objetivo é disponibilizar vagas remanescentes da Universidade para esses professores que já passaram por concursos públicos nas redes e já foram testados, do ponto de vista de seu conhecimento. Vale ressaltar que esta iniciativa em nada prejudica as vagas regulares no vestibular. Portanto, o que fazemos é uma oferta de vagas em convênio para que esses professores e professoras continuem sua formação por meio da graduação", explica Lincoln Tavares, pró-reitor de Graduação da Uerj.
O processo está garantido com base na autonomia da Universidade e na legislação (Lei nº 13.478/2017), que permite esse tipo de acesso especial de professores da rede pública visando à sua formação inicial – a primeira graduação – contribuindo , assim, para o processo educacional das diferentes redes e sistemas. Tavares reforça que a participação no processo de ingresso no curso superior “não é obrigatória para nenhum professor da rede, mas constitui uma oportunidade àqueles que querem continuar a aprimorar sua qualificação. Esse poder de indução acaba, ao longo do tempo, afetando outros colegas que também atuam nas redes municipais”.
“Considerando que a formação continuada é uma obrigação do Estado, é fundamental que as unidades da Uerj, como universidade pública, mantenham uma profunda interligação com as redes de ensino estadual ou municipal. No nosso caso, a esfera de influência é a região de São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito, Tanguá e Maricá", acrescenta Ana Maria Santiago, diretora da FFP. "Temos muito interesse em contribuir para a formação continuada desses profissionais, pois isso enriquece o ensino básico, favorece seu melhor funcionamento, além da troca constante entre os professores da rede municipal e a nossa universidade. Essa não é uma política de governo, mas sim de Estado. Portanto, temos que reforçá-la, no entrelaçamento da Universidade com o município e com o estado para o desenvolvimento de uma educação pública de qualidade e gratuita”, afirma.
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