Jerominho em live no Facebook na última terça-feiraReprodução
MPRJ dá parecer favorável para soltura de Jerominho
Tribunal de Justiça do Rio ainda irá analisar o pedido de soltura do fundador da milícia Liga da Justiça
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) publicou, nesta terça-feira, um parecer favorável à soltura de Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho. O ex-vereador foi preso na última quinta em cumprimento a uma sentença condenatória por extorsão qualificada a motoristas de vans de Campo Grande. De acordo com o documento, a promotora de Justiça Viviane Freitas aceitou o argumento da defesa de que Jerominho já cumpriu a pena do crime em questão. A Justiça ainda analisará a posição do MP.
"Ocorre que a defesa técnica, em seu petitório de aba 24, vem postulando pela expedição do alvará de soltura sob a alegação de que o apenado já teria cumprido a aludida condenação, sendo, portanto, ilegal a sua prisão. Pois bem. Compulsando detidamente os autos, em especial a Carta de Guia, a denúncia, a sentença e os acórdãos juntados em fls. 2-A/2-B e 9/68 dos autos digitalizados de aba 1.35, e em cotejo dos mesmos com a documentação da CES de aba 16, verifica-se que, de fato, o apenado já cumpriu a condenação", alega o MP.
O advogado do ex-vereador, Marcelo Cavalieri, defende que a prisão é ilegal e espera que Jerominho seja solto ainda hoje. O pedido de habeas corpus ainda deve ser analisado pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). "Ele vai ser solto hoje. O juiz já sabe desde ontem, mas existe essa burocracia processual. Tem que ir pro Ministério Público e depois voltar pra ele", acredita o defensor.
O plantão noturno do TJRJ já havia negado um pedido de soltura, feito pela defesa na quinta-feira, horas após a prisão. O desembargador avaliou que a decisão deveria ser de competência da Vara de Execuções Penais (VEP). A defesa de Jerominho, no entanto, alegou que o processo estava arquivado e entrou com pedido desarquivamento em caráter de urgência para solicitar o novo habeas corpus.
Jerominho ficou preso de 2007 até 2018. As extorsões ocorreram em 2005. Segundo a Polícia Civil, ele é ex-chefe e fundador do grupo conhecido como Liga da Justiça, maior milícia do estado, e foi detido dentro de sua própria casa no bairro da Zona Oeste do Rio.
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