Jerominho (à esquerda) e Natalino são alvos de busca e apreensãoReprodução facebook

Rio - Fundador da maior milícia do Rio, Jerônimo Guimarães Filho, de 73 anos, o Jerominho, foi preso, na tarde desta quinta-feira (27), por extorsão. Segundo a Polícia Civil, o ex-chefe do grupo conhecido como Liga da Justiça foi detido dentro de sua própria residência em Campo Grande, na Zona Oeste. Contra ele, havia uma sentença condenatória.
Segundo a Polícia Civil, Jerônimo Guimarães já havia sido condenado e cumpriu pena por outros crimes, tendo ficado preso de 2007 até 2018, quando foi solto. Nessa nova condenação, as investigações demonstraram que o grupo criminoso liderado por ele extorquiu motoristas de vans na região de Campo Grande. O crime aconteceu em 2005 e ele foi condenado de maneira definitiva esse ano. O criminoso será encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária, onde cumprirá a pena imposta.
Policial civil aposentado, ele era acusado de ser o mandante da morte do motorista de van Rodrigo Costa, em Campo Grande, que sobreviveu. A vítima foi baleada quando passava de Kombi pela Estrada do Mendanha, perto da Avenida Brasil. Conhecido como Leandrinho Quebra-Ossos, Leandro Paixão Viegas foi acusado de ser o executor do crime, mas acabou absolvido em 2016. Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, também foi acusado de planejar a morte e está em presídio federal. A Liga da Justiça era liderada por Ricardo Teixeira Cruz e Aldemar Almeida dos Santos, respectivamente, Batman e Robin.
A Liga da Justiça
A Liga da Justiça é a maior e mais conhecida facção de milicianos do Rio. O seu nome é uma referência ao grupo de super-heróis dos quadrinhos. Ela já foi comandada por Jerominho, que foi vereador no município do Rio e por seu irmão, Natalino Guimarães, que foi deputado estadual pelo Rio. O grupo criminoso praticava vários crimes na região da Zona Oeste da Cidade, tais como homicídios, extorsões, comércio irregular de água e gás, dentre outros.