Saude - O secretario minicipal de saude, Rodrigo Prado, esteve no centro municipal de saude, Heitor Beltrao, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, para acompanhar a vacinaçao no local. Na foto, Sabra Pontes e a filha Maria Helena.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - Começou em todo país, nesta segunda-feira (8), a Campanha Nacional de Vacinação contra a paralisia infantil (Poliomielite). No estado do Rio, a expectativa da Secretaria Estadual de Saúde (SES) é alcançar 95% de cobertura vacinal para pólio em crianças de 1 mês a menores de 5 anos de idade, e reduzir o número de crianças e adolescentes até 14 anos anos não vacinados contra outras doenças, que também terão imunizante disponível na campanha de multivacinação. Para isso, mais de 1.500 salas de vacinação estão com estoques reforçados.

A SES já distribuiu aos 92 municípios do estado volumes de todas as vacinas que serão disponibilizadas durante a campanha. E possui estoque estratégico, que ficará à disposição das Secretarias Municipais de Saúde na Coordenação Geral de Armazenagem (CGA). A Secretaria reforçou aos municípios a importância das coordenações de imunizações realizarem busca ativa e outras estratégias, como agendamento e vacinações extra muros, para aumentar a cobertura vacinal do estado.

"Essa campanha é uma oportunidade para que os pais e responsáveis possam atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes até 14 anos. As coberturas vacinas vêm caindo ao longo dos últimos dez anos e precisamos da mobilização da sociedade para não deixarmos doenças já erradicadas retornarem", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Quem já compareceu ao Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro foi a funcionária pública Sabra Pontes, 41 anos, acompanhada da pequena Maria Helena, de 4, que foi tomar a vacina contra a pólio. Mãe de outros dois filhos mais velhos, ela alerta os responsáveis a respeito da importância de manter a carteira de vacinação em dia. "Não deixem de vir, tragam seus filhos. É uma gotinha só, não dói, não faz mal; pelo contrário! Precisamos cuidar dos nossos pequenos e de toda a população", defendeu.
A mãe Sabra Pontes levou a pequena Maria Helena, de quatro anos, para tomar a gotinha contra pólio - Reginaldo Pimenta / Agência O DIA
A mãe Sabra Pontes levou a pequena Maria Helena, de quatro anos, para tomar a gotinha contra pólioReginaldo Pimenta / Agência O DIA


A mobilização pela multivacinação tem como objetivo ampliar o acesso às vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), atualizar a situação vacinal e melhorar as coberturas, além de diminuir a incidência de doenças imunopreveníveis. A campanha vai até 9 de setembro, e o Dia D nacional está programado para o próximo dia 20.

As vacinas que serão aplicadas durante a campanha para crianças de até 7 anos são: BCG, Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/HB), Pólio Inativada (VIP), Pólio Oral (VOP), Rotavirus (VORH), Pneumocócica 10 valente (conjugada), Meningocócica C (conjugada), Febre amarela, Tríplice Viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba), Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela), DTP (tríplice bacteriana) e Varicela. A vacina da febre amarela não deve ser administrada junto com as vacinas Tríplice ou Tetra Viral em crianças menores de 2 anos de idade. O intervalo entre esses imunizantes deve ser de 30 dias.
Para crianças maiores de 7 anos e menores de 15 anos, serão oferecidas doses contra Hepatite B, Febre Amarela, Tríplice Viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba), Difteria e Tétano (DT), DTPA, Meningocócica ACWY (conjugada), HPV quadrivalente e Varicela. Todas as vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguras e possuem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O secretário Municipal de Saúde, Rodrigo Prado, ressaltou a importância dos responsáveis comparecerem com as crianças aos pontos munidos da caderneta de vacinação. Ele conta que a Secretaria está fazendo uma reavaliação do calendário de imunização dos cariocas até 14 anos. Um profissional de saúde vai analisar se há alguma vacina que está pendente. "A pólio é erradicada no país e para que continuemos assim, é essencial que a população traga suas crianças para vacinar", acrescentou.
Secretário Municipal de Saúde, Rodrigo Prado, durante o início da campanha de multivacinação e vacinação contra a paralisia infantil - Reginaldo Pimenta / Agência O DIA
Secretário Municipal de Saúde, Rodrigo Prado, durante o início da campanha de multivacinação e vacinação contra a paralisia infantilReginaldo Pimenta / Agência O DIA
  
A campanha contra a Covid-19 segue ocorrendo normalmente durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação. As vacinas contra Covid-19 poderão ser aplicadas com as demais vacinas nas pessoas a partir dos 3 anos de idade. Portanto, não é necessário fazer intervalo entre a administração desses imunizantes.
Érica Ferreira, mãe do Enzo Rafael, levou o menino para se imunizar contra a paralisia infantil e o coronavírus. "É muito importante que a gente se proteja com a vacina dessas doenças que tem aí. Agora, Enzo está protegido com toda a caderneta em dia", conta.