Cidade do RockRicardo Cassiano/Agencia O Dia

Rio - O Rock in Rio já está causando um verdadeiro frisson na rede hoteleira carioca. Segundo uma pesquisa feita pelo Hotéis RIO, a média de quartos reservados para a primeira semana do festival, do dia dois ao dia quatro de setembro, é de 77,74%. O estudo destacou a Barra da Tijuca e São Conrado, com 84,69% de ocupação, seguido de Ipanema e Leblon, 81,58%, Leme e Copacabana, 74,57%, Flamengo e Botafogo 71,72% e do Centro do Rio 68,42%. A expectativa do setor é de que, até o inicio do evento, a Barra da Tijuca e a Zona Sul cheguem a 100% de ocupação e de que o Centro chegue a 90%.
Na segunda semana do festival, dos dias oito a 11 de setembro, os números são ainda melhores, com média de 83,61%. Ipanema e Leblon registram 89,61%, já o Centro 85,43%, a Barra da Tijuca e São Conrado 84,05%, o Leme e Copacabana 81,82% e o Flamengo e Botafogo 81,26%.
O público esperado será de aproximadamente 360 mil pessoas de fora do Rio ao longo dos sete dias de evento. Destes, 10 mil virão de 31 países diferentes. Na última edição do festival, em 2019, a primeira semana registrou uma presença média de 78% superior à do evento de 2017, que ficou em 75% da lotação. Já na segunda semana, a presença atingiu 87%, também maior que o registrado em 2017, quando ficou em 82%.
Para Alfredo Lopes, presidente da Hotéis RIO, entidade que reúne proprietários de hotéis da cidade, o Rock in Rio é um dos maiores eventos o mundo. "O festival tem o nome do Rio de Janeiro e traz muita alegria para a gente, principalmente para o setor de turismo. Que venham os roqueiros para a Cidade do Rock. A informação que temos é que já tem gente de todo lugar do mundo vindo para cá", comemora.
Ainda segundo ele, a expectativa é de que o evento tenha impacto em todo o setor de turismo na cidade a partir deste mês. O evento atrai uma visibilidade importante para o Rio de Janeiro e faz com que muitos turistas resolvam voltar para o município no verão. "Trata-se de um evento de dimensão internacional, que atrai os olhares do mundo todo para nossa cidade. Isso faz com que estejamos bem posicionados no cenário de retomada mundial do turismo após a pandemia", conclui.
Bares e Restaurantes
No setor de bares e restaurantes a expectativa também é boa. Para o presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (Sindrio), Fernando Blower, o festival vai ter um impacto positivo para o setor.
"Especialmente em áreas tradicionalmente turísticas, como Zona Sul e Barra, que concentram uma parte significativa da rede hoteleira, e ainda o Centro do Rio com suas regiões boêmias como a Lapa, os bares e restaurantes acabam por ter um aumento significativo na procura e, consequentemente, faturamento", citou.
Ainda se recuperando da pandemia e enfrentando a alta de preços de insumos, não há uma previsão de oscilação quanto ao número de empregos. Mas há um grande otimismo com a previsão do aumento do faturamento no período.
O evento
A cidade do Rio de Janeiro já está em contagem regressiva para o Rock in Rio. A expectativa é grande para o festival, que ocorrerá entre os dias dois e 11 de setembro e reunirá grandes atrações internacionais, como Iron Maiden, Post Malone, Justin Bieber, Guns n`Roses, Green Day, Cold Play e Dua Lipa. O evento retorna à Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio, depois de ter a edição do ano passado cancelada por conta da pandemia. Ao todo serão oito palcos, que buscam abarcar a diversidade do cenário musical contemporâneo: Palco Mundo, Sunset, New Dance Order, Espaço Favela, Rock District, Highway Stage e Super Nova.
Reportagem por Carlos Leal