Fundadora do Museu do Samba relata casos de furto no local Divulgação

Rio - O Museu do Samba, localizado na Mangueira, Zona Norte do Rio, amanheceu neste sábado (1º) sem janelas, portas e sifão de um dos vasos sanitários. De acordo com a fundadora da instituição, Nilcemar Nogueira, uma mulher usuária de crack teria invadido o local e roubado as peças. A queixa foi registrada na 17ª DP (São Cristóvão).

"Como tínhamos uma aula marcada para a manhã deste sábado, uma funcionária chegou mais cedo que o normal lá. Ela ouviu um barulho, foi checar e era a água do banheiro. Ela tinha tirado o sifão", disse Nilcemar. "A funcionária tentou pegar ela, para fazer registro e tudo mais, porém escapou. Ela estava juntando coisas como janelas, ferros, fios, até porque está em obra o local", acrescentou.

Segundo Nilcemar, não é a primeira vez que isso acontece, mas a terceira. "Desde que houve a implosão do prédio do IBGE a situação ficou mais vulnerável. Essa implosão levou o muro lateral todo embora", declarou. "Durante a gestão do Crivella, ele chegou a refazer o muro, no entanto, não adiantou muito. O muro foi feito de mal jeito e, com as chuvas do início do ano, abriu um buraco", explicou ela, que disse ter procurado a Secretaria de Obras da Prefeitura do Rio para relatar o acontecido.

Além do buraco, Nilcemar relatou outros problemas que o Museu do Samba enfrentou, como o esgoto e um vazamento fluvial. "O esgoto foi feito, mas porque os moradores e garis da comunidade capinaram um matagal para possibilitar a construção dele. O vazamento continua, tenho pedido ajuda da prefeitura para chegar junto", declarou.

Procurada, a prefeitura do Rio informou que o Museu do Samba é particular e que ele costumava receber verba federal.
Já a assessoria de imprensa da Polícia Militar afirmou que agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira foram enviados ao local para verificar a ocorrência, mas a mulher que invadiu o espaço e subtraiu os itens havia fugido. O Museu do Samba foi então orientado a registrar o fato na delegacia.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil também foi procurada, mas ainda não se manifestou.