Rio - Os familiares do motorista de aplicativo Edenilson Bernardo Pereira de Souza, 67 anos, buscam informações sobre o paradeiro dele. Morador do bairro de Icaraí, em Niterói, ele desapareceu, na última segunda-feira (14), após aceitar uma corrida no bairro de Vista Alegre, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Desde então, não há mas registros de localização do homem.
O motorista teria saído às 6h da manhã para trabalhar, e às 7h06 da manhã aceitou uma viagem com destino ao Colégio Estadual Coronel Serrado, na Rua José Souza Porto, no bairro de Vista Alegre, em São Gonçalo. Após finalizar o trajeto, uma nova chamada foi solicitada para a Estrada do Nebrasca, com destino à Estrada Almirante Rena Boto, no mesmo bairro, no entanto, pouco depois de iniciada, foi cancelada pelo usuário. A partir daí, os familiares não conseguiram mais falar com o homem.
A artista plástica Raquel Vanzi, 41 anos, é filha de Edenilson e contou que o pai sempre voltava em casa durante as corridas. " Ele sempre saía cedo, mas no meio da manhã ele costumava voltar, e depois vinha almoçar", disse. Ela falou que, eventualmente, o motorista aproveitava esse intervalo para levar o neto na escola. "Quando minha irmã precisava de suporte, ele levava o meu sobrinho no colégio. Então, ele sempre estava em contato para saber se ela precisaria dele, nunca ficou tanto tempo sem dar informação", relatou.
Segundo Raquel, na segunda-feira (14), o motorista cumpriu sua rotina normalmente. "Ele saiu às 7h da manhã, como sempre faz. Quando deu 9h, horário em que geralmente ele retorna em casa, nós tentamos contato. Às 11h, minha irmã ligou novamente, como ele não respondeu, ela decidiu ir à delegacia", contou.
Os familiares conseguiram verificar a última localização de Edenilson após acessarem, por um aplicativo de celular, o trajeto realizado pelo aparelho do homem. Posteriormente, entrou em contato com a empresa pela qual ele fazia a corrida, que confirmou a última localização dele. De acordo com o GPS do telefone, o último registro do aparelho foi na Rua José de Abreu.
A artista plástica contou que o pai era um motorista experiente e conhecia bem a cidade. "Ele já trabalhava há algum tempo pelo aplicativo e sabia onde eram os locais mais perigosos. Eventualmente recusava alguma corrida para evitar áreas de risco", disse.
Apesar de diabético, a filha descartou a possibilidade de algum problema médico. "Ele tinha a doença sob controle e tomava os remédios regularmente, nunca teve nenhuma alteração grave de saúde", relatou.
Inicialmente, os familiares procuraram a 77ª (Icaraí), e, na unidade, foram orientados a procurar à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (Dhnsgi), onde registraram ocorrência no mesmo dia.
Procurada, a assessoria da Polícia Civil informou que o caso é investigado pelo Setor de Descoberta de Paradeiros da unidade. Acrescentou que agentes realizam diligências para localizar o desaparecido e esclarecer os fatos.
Por meio de nota, a empresa 99 disse que solidariza com a família e trabalha em cooperação com as autoridades para que Edenilson seja encontrado o mais rápido possível. Após as apurações, a empresa não identificou intercorrências nas corridas realizadas pelo condutor na plataforma.
A companhia ressaltou que, assim que o desaparecimento foi reportado, entrou em contato com a família do homem, para acolhimento, e disponibilizou as informações pertinentes à polícia, como histórico de corridas e informações geradas a partir das ferramentas de segurança da plataforma. A empresa relatou que segue à disposição para colaborar com as investigações com o que mais for necessário.
Quem tiver qualquer informação a respeito da localização do desaparecido Rômulo Domingos pode informar ao Disque Denúncia pelos seguintes canais: Central de atendimento (21) 2253-1177, ou pelo Aplicativo para celular - Disque Denúncia RJ. Whatsapp ou Telegram Portal dos Desaparecidos (21) 98849-6099, ou pelo contatos dos familiares: (21) 97324-3636
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