Mulher é morta a tiros em Nova Iguaçu: Viviane Lima José Laclotarquivo pessoal

Rio - Uma mulher foi morta a tiros na noite desta quarta-feira (11), no bairro de Corumbá, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Informações preliminares indicam que Viviane Lima José Laclot teria sido assassinada pelo ex-companheiro.
Em nota, a Polícia Militar informou que agentes do 20º BPM (Mesquita) foram acionados para uma ocorrência de homicídio e encontraram o corpo da moça. De acordo com o comando da unidade, o suspeito fugiu do local antes da chegada dos militares.
Os policiais preservaram a área para a realização da perícia da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), onde o caso foi registrado.
De acordo com a Polícia Civil, diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.
Ainda não há informações sobre seu sepultamento. 
Dados de feminicídio
Um levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontou que o Estado do Rio já registrou, até julho deste ano, 64 feminicídios e 166 tentativas do crime. De acordo com o órgão, o mês que teve mais mulher mortas até o momento foi maio com 13.
Tal número vem crescendo nos últimos meses com novos casos de feminicídio. Nesta segunda-feira (9), Catarina Leite de Brito, de 22 anos, foi encontrada morta enrolada em um saco e amarrada com cordas na RJ-114, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Ela estava grávida de oito meses e seu corpo tinha sinais de violência. A jovem foi enterrada nesta quinta-feira (12) no Cemitério de Maricá, cidade onde morava.
Natasha Maria Silva Gonçalves de Albuquerque, de 30 anos, morreu neste domingo (8), depois de ficar 16 dias internada no Hospital Municipal Pedro II após ser torturada e queimada pelo ex-cunhado em Senador Camará na Zona Oeste do Rio. A mulher teve 90% do corpo queimado e foi enterrada na tarde desta terça-feira (10). Na ocasião do crime, a vítima havia levado sua sobrinha Luísa Fernanda da Silva, de 5 anos, para ver o pai, na companhia de sua filha Ana Beatriz da Silva Albuquerque, de 4. Ao chegarem no local, o suspeito amarrou Natasha e a torturou. Depois, deu marteladas nas duas meninas. Por fim, ele ateou fogo na casa e fugiu em um carro. As duas crianças também morreram.
No dia 29 de setembro, Adriana Castro dos Santos, de 42 anos, foi executada a tiros quando voltava do trabalho com o marido em Madureira, na Zona Norte do Rio. O casal trabalhava junto há cerca de cinco meses em uma agência de carros na Estrada Intendente Magalhães. A vítima foi enterrada no dia 2 de outubro. No dia do crime, o marido também foi baleado.
Assim como a morte de Viviane nesta quarta-feira (11), Nova Iguaçu registrou outra morte de mulher no último mês. Paola Vitoria da Conceição, de 23 anos, que era considerada desaparecida, foi encontrada morta no Rio Guandu no dia 21 de setembro. Ela havia saído de acompanhada da irmã, de 14 anos, que é autista, mas desapareceu um dia antes de seu corpo ser encontrado. O cadáver estava com diversos hematomas e com os pés amarrados.
Em relação ao ano passado, um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontou que o Rio de Janeiro foi um dos locais mais inseguros para mulheres no Brasil em 2022. A 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada no dia 20 de julho, apontou que o estado registrou o maior número de tentativas de feminicídio do país no ano passado, com 293 ocorrências, 11% a mais do que o ano anterior, que teve 264. O ranking é seguido pelo Rio Grande do Sul, com 265 crimes, e Minas Gerais, com 194.
O estudo mostra que, em 2022, ocorreram 111 feminicídios no Rio de Janeiro e se observou aumento de 30,6% nesse tipo de crime, em comparação com 2021, que teve 85. O estado ficou atrás somente de São Paulo e o Rio Grande do Sul completa as três primeiras posições do ranking. No ano passado, foram 536 tentativas de homicídios de mulheres contra 502 do ano anterior, o que representa crescimento de 6,8%. Já os crimes consumados tiveram variação de 14,6% no período analisado, passando de 247 para 283.