Os jovens mostraram celulares que teriam sido roubados por elesReprodução
Na porta da 5ªDP (Mem de Sá) e um registro de depoimento na mão, os jovens de 19 e 20 se justificaram: "E aí rapaziada, 'nós' tá aqui na porta da delegacia pra mostrar que 'nós' não tem nada a ver com esse envolvimento aí. Vídeo antigo, que tá circulando nosso, 'bagulho' nada a ver, nem em Copacabana 'nós vai'. Vagabundo pegou meu telefone que eu perdi, entendeu? Desbloqueou, pegou o vídeo e postou pra da mídia", disseram.
Os depoimentos aconteceram após a Polícia Civil identificar três dos jovens que aparecem nas imagens se vangloriando. Os dois, que alegam não participarem dos assaltos em Copacabana, foram encontrados no bairro de Magalhães Bastos, na Zona Oeste do Rio.
As primeiras imagens foram gravadas no interior de uma estação de BRT, onde eles mostram os aparelhos e ameaçam: "É nós quem manda. Brutalidade máxima, quebrador de cara". O vídeo viralizou nas redes sociais na terça (5).
Ainda em depoimento, os dois disseram que os aparelhos que aparecem nos vídeos foram revendidos. Um dos rapazes já possui anotação por fato análogo ao crime de roubo de veículo, praticado quando ele ainda era menor de idade. As investigações seguem em andamento com objetivo de localizar possíveis vítimas do grupo de Copacabana.
Assalto e violência em Copacabana
No último sábado (2), o empresário Marcelo Rubim, 67 anos, foi agredido e roubado por um grupo de jovens, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. A ação foi flagrada por câmeras de segurança. A vítima recebeu um soco no rosto e caiu desacordada. Antes da agressão, os suspeitos ainda tentaram assaltar uma mulher que passava pelo local.
As imagens mostram o momento em que diversos jovens veem uma mulher com bolsas na rua que, ao perceber que seria assaltada, corre na direção contrária para fugir. Ao total, oito criminosos parecem correr atrás dela. O empresário, em depoimento, contou que tentou defendê–la.
Depois desse episódio, diversos vídeos começaram a circular nas redes sociais mostrando a ação do bando pelas ruas do bairro e da Zona Sul. ,
Com a onda de violência, moradores de Copacabana passaram a fomentar a criação de grupos que se intitulam "justiceiros" que saíram nas ruas atrás do bando de assaltantes.
Ainda nesta quarta (6), uma reunião entre representantes de forças de segurança estaduais e municipais do Rio de Janeiro definiu alterações no esquema de policiamento em Copacabana, na Zona Sul da cidade, depois das cenas de violência registradas durante a semana e da formação de bandos de "justiceiros".
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