Rio – A mãe do menino Edson Davi Silva Almeida, de 6 anos, que desapareceu na Praia da Barra, Zona Oeste, faz aniversário nesta sexta-feira (12), durante ao oitavo dia de buscas pelo filho. Em uma publicação emocionante nas redes sociais, ela revelou esperanças em encontrá-lo com vida. Segundo a Polícia Civil, a principal de linha de investigação é de afogamento.
"Davi, hoje é meu aniversário. Queria tanto que você estivesse aqui comigo. Cada diz que passa a saudade só aumenta. Eu jamais vou desistir de encontrar você meu amado filho, e ainda iremos comemorar o meu aniversário e o seu que está chegando juntos, eu creio! Meu amor por você é tão grande que eu sei que você sente onde quer que você esteja", disse.
"Sete dias sem o Davi. A nossa dor é insuportável, o nosso desespero por resposta é incompreendido e o nosso grito está aos poucos perdendo a força. Cada dia que passa aumenta a nossa angústia e nos machucamos com todas as denúncias falsas mascaradas de esperança feita por pessoas maldosas. Hoje marca uma semana do desaparecimento do Edson Davi e, infelizmente, não temos nenhuma notícia positiva, sequer conclusiva", escreveu.
O Corpo de Bombeiros continua as buscas pelo menino no mar e na extensão da Praia da Barra, com drones, helicóptero, motos aquáticas, mergulhadores e triciclo. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que investiga o caso, também procura pela criança, utilizando aeronaves com câmeras termográficas acopladas, que detectam as temperaturas, mesmo de grandes distâncias. A ação tem apoio do Serviço Aeropolicial da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Saer/Core).
Edson Davi usava uma camisa de manga térmica preta, vestia uma bermuda da mesma cor e estava descalço no dia de seu desaparecimento. Ele brincava próximo a barraca dos pais, na altura do posto 4 da Praia da Barra.
O Disque Denúncia pede ajuda para localizar a criança e recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anonimizado, no (21) 2253-1177; pelo WhatsApp dos Desaparecidos, no (21) 98849-6254; e por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.
Em uma das imagens obtidas pela polícia, o menino aparece na areia ao lado de uma bandeira vermelha indicando que não é recomendada a entrada de banhistas no mar. Além disso, uma testemunha disse em depoimento que o viu entrar no mar três vezes enquanto jogava futebol com outra criança e que o pai, Edson dos Santos Almeida, chegou a chamar sua atenção por isso.
Também em depoimento, um homem que trabalha na barraca da família destacou que pediu que a criança saísse do mar, pois estava revolto e com ondas grandes. Pouco antes do seu desaparecimento, o menino pediu uma prancha de bodyboard emprestada para um barraqueiro, que negou, também por conta das condições da água. Depois, Edson Davi seguiu em direção à barraca dos pais.
Ainda segundo os familiares, Edson Davi brincava com um casal de gringos e outras crianças momentos antes de sumir. No entanto, nesta terça-feira (9), a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) ouviu o argentino que brincou com o menino. Em seu depoimento, ele destacou que apenas jogou bola com a criança e seus filhos e que logo em seguida voltou para o hotel onde estava hospedado. Ele ainda acrescentou que não viu para onde Edson foi após a brincadeira.
O estrangeiro não é considerado suspeito, já que câmeras de segurança da região mostraram ele e a família deixando a praia e voltando para o hotel sem a presença de Edson Davi.
Já o advogado da família, Marcelo Shad, explicou que não descarta nenhuma hipótese. "Diante dessas duas possibilidades, uma série de coisas poderiam ter sido feitas de pronto, ou seja, logo no início do problema, o que não foi feito. Dito isto, nós precisamos entender que temos dois relógios rodando. Um vai tratar especificamente sobre a decomposição do corpo se foi um afogamento. Se ele se decompor, a probabilidade de ser encontrado é muito menor. A outra possibilidade é a questão de encontrar o Davi através da identificação dos possíveis sequestradores", relatou.
O advogado reforçou ainda a importância da agilidade nas buscas. "Esse relógio da decomposição é mais complicado porque ele é fatal. Ou seja, se não resolver esse problema e for esta a opção, não terá outro caminho. A dúvida irá pairar. A ideia neste momento é intensificar as buscas. Não abandonar outros casos, outras hipóteses e outra investigação, mas intensificar as buscas", destacou.
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