Argentino que brincou com menino Edson Davi no dia de seu desaparecimento presta depoimento
Estrangeiro alegou que apenas jogou bola com a criança e com seus filhos por cerca de 20 minutos e voltou para o hotel; ele ainda acrescentou que não viu para onde a criança foi após a brincadeira
Edson Davi Almeida, de 6 anos, brincava próximo a barraca do pai na Praia da Barra, quando foi visto pela última vez, na última quinta-feira (4) - Reprodução/Redes Sociais
Edson Davi Almeida, de 6 anos, brincava próximo a barraca do pai na Praia da Barra, quando foi visto pela última vez, na última quinta-feira (4)Reprodução/Redes Sociais
Rio - O argentino que brincou com o menino Edson Davi Silva Almeida, de 6 anos, no dia em que a criança desapareceu, na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, prestou depoimento na tarde desta terça-feira (9) na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Em sua oitiva, o homem destacou que apenas jogou bola com o menino e seus filhos e voltou para o hotel onde estava hospedado. Ele ainda acrescentou que não viu para onde a criança foi após a brincadeira.
O estrangeiro e sua família foram localizados pelos investigadores após análises de câmeras de segurança da região, que mostraram eles deixando a praia e voltando para o hotel sem a presença de Edson Davi. No seu depoimento, o homem se reconheceu na filmagem.
A família foi apontada por familiares da criança como suspeitos de terem a sequestrado. Contudo, após as gravações mostrarem que o menino não estava com os argentinos na saída da praia, a irmã de Edson Davi, Giovanna Araújo, usou as suas redes sociais para anunciar que o estrangeiro havia sido descartado como suspeito de sequestro. A informação foi confirmada ao DIA pela delegada Elen Souto.
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"As crianças e o homem que estavam brincando com o Davi foram descartados como suspeitos por haver imagens deles voltando para o hotel sem o Davi. Ele não foi visto por nenhuma das câmeras subindo para o calçadão", escreveu.
A hipótese de sequestro ainda não foi descartada, mas, atualmente, a principal linha de investigação sugere que o menino tenha sido vítima de afogamento. Um vídeo obtido pela DDPA mostra Davi brincando próximo ao mar, ao lado de uma bandeira vermelha indicando que não é recomendada a entrada de banhistas. Uma testemunha contou aos investigadores que viu o menino entrar no mar três vezes enquanto jogava futebol com outra criança e que o pai, Edson dos Santos Almeida, chegou a chamar sua atenção por isso.
Gravação mostra menino Edson Davi brincando próximo ao mar antes de seu desaparecimento
Também em depoimento, um homem que trabalha na barraca da família destacou que pediu que a criança saísse do mar, pois estava revolto e com ondas grandes. Pouco antes do seu desaparecimento, o menino pediu uma prancha de bodyboard emprestada para um barraqueiro, que negou, também por conta das condições da água. Depois, Edson Davi seguiu em direção à barraca dos pais.
Nesta terça-feira (9), o Corpo de Bombeiros iniciou o quinto dia de buscas pelo menino, no mar e na orla, com drones, helicóptero, motos aquáticas, mergulhadores e um triciclo, que realiza rondas na areia. Edson foi visto pela última vez na tarde da última quinta-feira (4), quando brincava na areia, próximo à barraca da família.
No último sábado (6), parentes receberam a informação de que a criança estaria em uma loja da rede McDonald's, na Avenida Ayrton Senna, também na Barra da Tijuca, com um casal e outro menino. Contudo, a criança que aparece na imagem no estabelecimento não é o desaparecido e, após a repercussão, a família compareceu à 43ª DP (Guaratiba) para esclarecer que o menino foi confundido com Edson Davi. Em um vídeo publicado nas redes sociais, a mulher diz que se trata do seu enteado, filho do seu marido, que tem características físicas semelhantes.
Assim como o Corpo de Bombeiros, a DDPA continua com as buscas, com apoio do Serviço Aeropolicial (Saer/Core). A especializada destacou ainda que todos os relatos de crianças semelhantes ao menino desaparecido estão sendo apurados, inclusive com a colaboração de policiais de outras unidades da federação, mas nenhum se mostrou verídico.
Edson Davi usava uma camisa de manga térmica preta, vestia uma bermuda da mesma cor e estava descalço. O Disque Denúncia pede ajuda para localizar a criança e recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anonimizado, no (21) 2253-1177; pelo WhatsApp dos Desaparecidos, no (21) 98849-6254; e por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.
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