Barraca dos pais de Edson Davi exibe faixa questionando possível afogamento do filhoArmando Paiva/Agência O Dia

Rio - Uma testemunha relatou que viu Edson Davi Silva Almeida, de 6 anos, entrar no mar da Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, antes de desaparecer. O menino foi visto pela última vez na tarde de 4 de janeiro, quando brincava na areia, próximo à barraca dos pais. A principal linha de investigação é de que a criança tenha se afogado, mas a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) não descarta a possibilidade de sequestro. 
Nesta terça-feira (9), o Corpo de Bombeiros realiza o quinto dia de buscas pelo menino, no mar e na orla, com drones, helicóptero, motos aquáticas, mergulhadores e um triciclo, que realiza rondas na areia. Segundo a Polícia Civil, a testemunha contou que ele entrou no mar três vezes enquanto jogava futebol com outra criança e que o pai, Edson dos Santos Almeida, chegou a chamar a atenção do filho.
Ainda de acordo com as investigações, um homem que trabalha na barraca da família disse que também pediu que a criança saísse do mar, que estava revolto e com ondas grandes. Pouco antes do seu desaparecimento, o menino pediu uma prancha de bodyboard emprestada para um barraqueiro, que negou, também por conta das condições da água. Depois, Edson Davi seguiu em direção à barraca dos pais.
Em um vídeo obtido da câmera de segurança de um quiosque próximo à barraca dos pais, o menino aparece andando sozinho por um trecho no calçadão da praia, de cerca de 100 metros. Em seguida, ele conversa com um homem e volta para a areia. Nas redes sociais, a irmã de Edson Davi, Giovana Araújo, disse que depois desse registro, não houve mais imagens da criança no calçadão. 
O Centro de Operações Rio (COR) informou que liberou imagens de cinco câmeras de monitoramento instaladas nos postos 3, 4 e 5 da praia, conforme solicitado no inquérito do desaparecimento. Em uma manifestação no fim de semana, a mãe, Marize Araújo, chegou a dizer que a DDPA ainda não conseguiu concluir as investigações, porque um dos equipamento da orla estaria fora de serviço. Entretanto, o COR não citou nenhum aparelho sem funcionamento. 
Também no dia em que sumiu, Edson Davi brincava com duas crianças e um homem estrangeiro e, inicialmente, a família acreditava que ele pudesse ter sido sequestrado pelo turista. Entretanto, em uma publicação nas redes sociais, a irmã afirmou que a hipótese foi descartada, já que há imagens do trio saindo da praia sem o menino. 
No último sábado (6), parentes receberam a informação de que a criança estaria em uma loja da rede McDonald's, na Avenida Ayrton Serra, também na Barra da Tijuca, com um casal e outro menino. Por meio de uma foto enviada a eles, o pai da criança afirmou ao DIA que se tratava do filho e, junto com a mãe, chegou a comemorar na areia da praia. Eles foram até a lanchonete, mas ao chegarem, o menino não estava no local.
A criança que aparece na imagem no estabelecmento não é o desaparecido e, após a repercussão, a família compareceu à 43ª DP (Guaratiba) para esclarecer que o menino foi confundido com Édson Davi. Em um vídeo publicado nas redes sociais, a mulher diz que se trata do seu enteado, filho do seu marido, que tem características físicas semelhantes. 
Procurada, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros informou que as buscas continuam, com apoio do Serviço Aeropolicial (Saer/Core). A especializada destacou ainda que todos os relatos de crianças semelhantes ao menino desaparecido estão sendo apurados, inclusive com a colaboração de policiais de outras unidades da federação, mas nenhum se mostrou verídico. 
Edson Davi usava uma camisa de manga térmica preta, vestia uma bermuda da mesma cor e estava descalço. O Disque Denúncia pede ajuda para localizar a criança e recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anonimizado, no (21) 2253-1177; pelo WhatsApp dos Desaparecidos, no (21) 98849-6254; e por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.