Yuren Cleiton Felix Da Silva, conhecido como Costelinha, foi preso em um bar de Campo GrandeDivulgação

Rio - A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (26), o miliciano Yuren Cleiton Felix da Silva, conhecido como 'Costelinha', acusado de envolvimento na morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho e de seu cunhado Maurício Raul Atallah. O crime ocorreu em agosto de 2022, em Campo Grande, na Zona Oeste.

Segundo investigações, 'Costelinha' foi um dos autores do homicídio, que também contou com as participações de Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho; Rodrigo dos Santos, o 'Latrell'; Matheus da Silva Rezende, o Faustão; Alan Ribeiro Soares, conhecido como Nanã ou 'Malvadão'; e Paulo David Guimarães Ferraz Silva, o 'Naval'. Todos integrantes da alta cúpula do grupo criminoso denominado como milícia do Zinho.

'Costelinha' é um dos homens fortes na hierarquia do grupo e era procurado há bastante tempo pela Polícia Civil. Ele foi preso em um bar de Campo Grande. O local estava lotado de frequentadores, mas não houve confronto.

O miliciano também é acusado da morte de um policial militar lotado na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - Especializada em Narcomilícia e Crimes Complexos. O agente foi morto em uma ação que visava prender ex-PMs envolvidos com milícias do Zinho, em 2021. Além disso, contra o criminoso ainda foi cumprido um mandado de prisão por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

A ação foi realizada em conjunto pelas delegacias de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Repressão e Entorpecentes (DRE), Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) e Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco). Além da participação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do MPRJ (Gaeco), com o apoio da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE).
Relembre o crime
Jerônimo Guimarães Filho e Maurício Raul Attalah foram baleados em agosto de 2022, na Estrada Guando Sapé, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Jerominho morreu logo após os disparos, mas Maurício passou um mês internado no Hospital Municipal Rocha Faria antes de morrer.
Na ocasião, imagens capturadas por câmeras de segurança flagraram o momento do ataque. Três homens encapuzados e armados desceram do carro segundos depois que o ex-vereador também deixou o volante do veículo em que estava. Eles fizeram pelo menos dez disparos e fugiram. A ação durou pouco mais de dez segundos.
Jerominho era vereador do Rio pelo PMDB quando foi indiciado pela CPI das Milícias, um marco contra o crime organizado. Ele é apontado como um dos fundadores, junto com o seu irmão Natalino, da "Liga da Justiça" e ficou preso por 11 anos em penitenciárias federais, mas foi absolvido e solto em outubro de 2018. Na década de 70, Jerônimo e Natalino atuaram como policiais civis.