Moradores fazem uma manifestação em frente à UPA de Costa Barros nesta terça (14)Reprodução
Moradores protestam contra fechamento de UPA de Costa Barros
Unidade está de portas fechadas e não presta atendimento ao público desde o dia 30 de setembro, quando foi invadida por criminosos armados
Rio – Moradores realizaram um protesto no início da tarde desta terça-feira (14) contra o fechamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros, na Zona Norte. A unidade não oferece atendimento desde o dia 30 de setembro, quando foi invadida por criminosos armados, que sequestraram dois pacientes, por tê-los confundido com bandidos rivais, e ameaçaram profissionais.
De acordo com a Polícia Militar, um grupo de manifestantes chegou a interditar a Avenida Pastor Martin Luther King Júnior, perto de um dos acessos à Pedreira, na Pavuna. A equipe policial atuou e conseguiu a desobstrução da via.
Vizinha dos complexos do Chapadão e da Pedreira, palcos de uma disputa entre Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP) pelo controle territorial, a UPA de Costa Barros passou, nesta segunda (13), por procedimentos como manutenção de equipamentos e substituição de insumos com prazo de validade.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), porém, afirmou que ainda "aguarda uma resposta dos órgãos de segurança pública do Estado sobre a segurança na região". Na última sexta-feira (10), o secretário Daniel Soranz revelou ao DIA uma avaliação diária promovida pela pasta quanto às condições para retomada, tidas ainda como impróprias.
A SMS também condicionou o reinício dos atendimentos às prisões dos bandidos que invadiram a unidade. Na ocasião, eles estariam à procura de baleados em um confronto de facções.
De acordo com a PM, o Coronel Marcelo de Menezes Nogueira, secretário responsável pela corporação, determinou a ocupação do entorno por tempo indeterminado. A missão está a cargo de agentes do 41º BPM (Irajá), unidade líder em apreensões de fuzis no ano, com 90 armas interceptadas.
A PM destacou uma “grande complexidade” de Costa Barros e garantiu que “mantém esforços permanentes de policiamento e ações de proximidade, com o objetivo de proteger vidas, restabelecer a ordem e ampliar a sensação de segurança da população”.

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