Por marina.rocha

Na contramão de toda tecnologia, ainda há quem trabalhe todos os dias em profissões consideradas ultrapassadas. São costureiras, verdureiros, jornaleiros e por aí vai, todos driblando a modernidade com atividades praticamente extintas no mercado. Por aqui ainda é possível cruzar com alguns desses trabalhadores.

O amolador Carlos Alexandre roda toda a cidade oferecendo o serviçoDivulgação


No Fonseca, José Wellington, de 41 anos, mais conhecido como Madruga, ganha a vida como jornaleiro há 15 anos. Um dos segredos é estar sempre se renovando. “A venda de jornal caiu de uns tempos pra cá, mas agora também vendo outros produtos como bilhetes de raspadinha para poder melhorar a renda. E pago Cnpj, Inss, tudo pra ter uma aposentadoria tranquila mais pra frente”, diz.

Outra profissão difícil de ver hoje em dia é a de amolador de facas. Carlos Alexandre, 48, trabalha há 35 anos na atividade que é uma tradição de família. Ele tem uma rota programada, cada dia da semana em um bairro. “E toda a minha renda vem desse emprego”, diz.

Muitos profissionais das antigas se queixam da dificuldade para conseguir legalizar suas atividades. É o que diz Seu Antonio Carlos, de 61 anos, verdureiro conhecido no Fonseca. “São muitos impostos pra pagar, as autoridades deveriam incentivar mais quem quer trabalhar”.

Cliente dele, a comerciante Verônica Barros diz que vale a pena pagar um pouco a mais pelas verduras deSeu Antonio. “Eu não preciso ir ao mercado. Ele entrega tudo na loja e traz um produto mais fresco, então compensa o valor um pouco mais alto”.

Coordenador do Sebrae Leste-Fluminense, Américo Diniz diz que o melhor caminho para esses profissionais conseguirem trabalhar dentro das formalidades é buscar informações em locais oficiais. Uma boa opção é a Casa do Empreendedor, no Shopping Bay Market, no Centro. O atendimento é de graça.

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