Filhotes de tartaruga marinha são soltos no litoral do Norte do Rio
Ação comemorou a marca de 1 milhão de filhotes soltos pelo Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas do Porto do Açu (PMTM)
Por O Dia
Nesta quarta-feira (10), 20 filhotes de tartaruga marinha foram soltos no litoral Norte Fluminense. A ação foi realizada em comemoração a marca de 1 milhão de filhotes já soltos pelo Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas do Porto do Açu (PMTM) que existe há 12 anos.
“Estamos muito orgulhosos do marco que atingimos em 12 anos de programa e fazemos questão de compartilhar este resultado com a comunidade, que está cada vez mais próxima do nosso compromisso com a preservação das tartarugas que escolhem a região para desovar. Esta conquista reforça nossa posição de conciliar o desenvolvimento dos nossos negócios com a conservação da biodiversidade”, afirmou o diretor de administração Portuária do Porto do Açu, Vinícius Patel.
A soltura, fechada ao público devido à pandemia, aconteceu na Reserva Caruara, unidade de conservação mantida pelo Açu e que protege 4 mil hectares de restinga. A região é área prioritária de desova da espécie Caretta caretta, conhecida como cabeçuda, ameaçada de extinção. O programa já realizou mais de cem ações de soltura abertas ao público.
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O secretário Estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, que acompanhou a soltura, ressaltou a importância do trabalho de conservação. “O Rio de Janeiro tem no Açu sua maior reserva privada de conservação de restinga. Além disso, protege também 7 km de praia, que são o porto seguro das tartarugas marinhas. Que esta iniciativa sirva de inspiração para outros negócios em potencial no nosso Estado”.
A Reserva Caruaru
Criada e mantida de maneira voluntária, a reserva é a maior unidade privada em extensão no estado do Rio e a maior do país dedicada à preservação de restingas, um dos ecossistemas mais fragmentados e ameaçados do país, segundo a organização.
Ainda de acordo com a organização, o PMTM tem a missão de identificar, proteger e monitorar os ninhos de tartarugas ao longo de 62 quilômetros do litoral Norte Fluminense, que se estende do pontal de Atafona, em São João da Barra, até a Barra do Furado, em Campos, desde a desova até a liberação dos filhotes ao mar.
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Equipes do programa também realizam um trabalho educativo ao longo de todo o ano, com o envolvimento de escolas, banhistas e pescadores, buscando conscientizar a população sobre a importância da preservação da espécie.
"Graças à parceria com a comunidade, mais de 14 mil ninhos de tartarugas já foram identificados e protegidos", afirma a organização.
O trabalho atende a diretrizes técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (Centro Tamar/ICMBio) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).