Por thiago.antunes

Rio - O prefeito Marcelo Crivella vai recorrer na Justiça da aprovação de uma lei, pela Câmara dos Vereadores, que muda as regras do Bilhete Único Carioca (BUC). O texto determina que os valores creditados nos cartões deverão passar a ser expressos em quantidade de passagens e não mais em valor monetário. Além disso, o saldo não poderá mais ter prazo de validade de 12 meses.

O autor da lei, vereador Reimont (PT), afirma que a medida impedirá que as empresas de ônibus se apropriem dos créditos que expiram nos cartões RioCard. Além disso, se a tarifa aumentar e ainda houver créditos no RioCard, o usuário poderá embarcar debitando o valor anterior ao reajuste.

O Rio Ônibus critica a proposta. Segundo a entidade, a lei exigirá que o usuário tenha um cartão para usar em ônibus e outro para trem, barca, metrô e VLT, já que as tarifas são distintas, e inviabilizaria qualquer desconto na integração de diferentes modais. Já Reimont argumenta que é dever da Secretaria de Transportes solucionar tais dificuldades técnicas.

Na quarta-feira, a Câmara derrubou o veto do prefeito à lei, aprovada em abril. Para terem validade, as novas regras precisam ser promulgadas e regulamentadas pelo Executivo. Na justificativa para o veto, Crivella sustentou que o projeto é inadequado devido à diversidade de tarifas praticadas no Rio de Janeiro e que o dever de fiscalização implica em aumento de despesa pela prefeitura.

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