Por caio.belandi
Rio - Hoje é o encerramento da campanha '16 Dias de Ativismo de Combate à Violência Contra a Mulher'. Mundialmente, a ação começou em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. E os números, principalmente na Baixada Fluminense, assustam. Segundo o Mapa da Violência 2016, do Instituto de Segurança Pública, dos 396 casos de homicídios de mulheres no Estado do Rio, 92 foram na região. Ou seja, cerca de 23% do total.
Em Belford Roxo, 1.031 casos de ameaças foram registrados. A Área Integrada de Segurança Pública (AISP) 20, de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, e a AISP 24 (Queimados, Japeri, Paracambi, Seropédica e Itaguaí) tiveram o maior registro de mortes de mulheres: 29 cada. Na área do 20º BPM, o número quase dobrou nos últimos anos. 
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As ocorrências de tentativa de homicídio somaram 119 casos na região em 2016. O número de lesão corporal dolosa é ainda mais alarmante. Foram quase 9 mil registros. Cerca de 10% dos casos de estupro no estado foram na Baixada, sendo 988 mulheres estupradas.
Este ano, a Coordenadoria de Polícias para Mulheres de Nova Iguaçu atendeu 111 mulheres que sofreram algum tipo de violência. Ao todo, o órgão faz o acompanhamento com cerca de 800 mulheres, que recebem apoio social, psicológico, psicopedagógico, jurídico e grupo de reflexão, entre outros.
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Diante de números alarmantes, as prefeituras se mobilizaram durante estes 16 dias com eventos e palestras. "A violência contra a mulher começa na ameaça. Negras e pobres são as mais atacadas", destacou Thiago Silva, do Centro de Atendimento à Mulher Violentada, em Santa Amélia, em Belford Roxo.
A Baixada ainda tem outros centros de apoio. Em Nilópolis, a Casa da Mulher fica na Rua Antônio João Mendonça 65, no Centro. Em Nova Iguaçu tem o Centro Integrado de Atendimento à Mulher, na Av. Henrique Duque Estrada Mayer 149, na Posse.