Por lucas.cardoso
Rio - Teresópolis enfrenta uma grave turbulência política. Nos últimos seis anos já foram cinco prefeitos à frente da cidade. Atualmente, após o afastamento voluntário de Mario Tricano, ocupa o cargo máximo do poder Executivo o vice-prefeito Sandro Dias. Em meio às indefinições, no entanto, há forte sentimento em favor de mudanças, com novas possibilidades para 2018 e os próximos anos para reverter a situação.
Para o gestor público Breno Freitas, Teresópolis precisa atualmente de um choque de modernidade, independente de partidos políticos. Ainda segundo ele, também não é mais possível que a população continue a assistir à queda de braço entre os poderes Legislativo e Executivo por mais um ano, 'engessando' a cidade. "Enquanto o município não se modernizar na sua gestão, na sua estrutura, não pensar para fora das cercanias, vamos ficar parados no tempo. Nossa política ainda está na década de 1980, é arcaica. Precisamos de algo novo, olhar para a frente, de forma inovadora. É hora de respirar progresso, arrumar a casa, reorganizar a administração, renegociar as dívidas, aumentar arrecadação", avalia Breno Freitas.
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Já o empresário Ladmir Carvalho acredita que não há soluções mágicas. Muito pelo contrário, A cidade necessita mesmo é solucionar de uma vez por todas os problemas que têm prejudicado as últimas gestões à frente do poder Executivo. "A prefeitura não precisa de políticos, mas de administradores. Ele deve ser firme, ser um bom gestor", sintetiza Ladmir Carvalho.

Para o empresário Vinícius Clausssen, a atual situação política gera indefinições nos diversos setores da cidade, inibindo o crescimento. Para ele, a briga entre os poderes dificulta a chegada de investimentos. "Precisamos gerar ambiente favorável, com credibilidade e planejamento. Mas acredito que poderemos ter novas eleições ainda em 2018 caso a atual chapa venha realmente cassada e poderemos eleger alguém realmente comprometido com a cidade", destaca Claussen.

PACTO PELA MUDANÇA

Opinião semelhante tem o advogado Maurício Mendes. Para ele, o atual momento é de organizar a 'casa' com pessoas e ideias novas. "A cidade não pode ser administrada como no século passado. Precisamos mudar de século. E também criar um pacto de mudança", pondera Mendes.
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O empresário Pedro Turl, por sua vez, destaca que, apesar das indefinições políticas, é hora de todos os setores da sociedade buscarem soluções viáveis, enfrentando de frente os problemas que afligem a cidade. E uma das soluções, por sinal, segundo salienta ele, é investir em alternativas práticas para fortalecer o potencial turístico de Teresópolis. "É uma indústria limpa, que não polui, e que traz riquezas. Precisamos investir ainda mais no turismo para atrair cada vez mais visitantes", acredita Pedro Turl.
Para o ex-vereador Cláudio de Souza Mello, é hora da sociedade deixar de assistir passivamente aos problemas políticos e buscar soluções para enfrentar a crise de frente. Ele lembra que durante a tragédia de 2011, toda a população se juntou para reconstruir a cidade em clara demonstração de união pelo bem comum. "Há um desgaste da política tradicional e ultrapassada. Mas precisamos romper com esse coronelismo. É preciso ter voz ativa, se organizar para exigir respeito com dinheiro público", ressalta Cláudio Mello.