Os palhaços Ratinha e Piriquitovisk trazem leveza pelo canal no YouTube 'Circo em Casa' - Divulgação
Os palhaços Ratinha e Piriquitovisk trazem leveza pelo canal no YouTube 'Circo em Casa'Divulgação
Por MARCELO BERTOLDO

Vai ter marmelada, sim. E muita risada no picadeiro virtual do 'Circo em Casa', canal de Youtube criado em meio à pandemia do novo coronavírus pela gonçalense Cinthia Nunes e pelo paraibano Jodson Brito. A paralisação do setor cultural pregou uma peça na dupla, mas não tirou o sorriso artistas circenses que mudam de identidade com os rostos pintados e dão vida aos palhaços Ratinha e Piriquitovisk.

Moradora do Porto da Pedra, Cinthia, se reinventou em parceria com Jodson. A arte de fazer sorrir nunca teve tanto significado no atual cenários. No entanto, o planejamento precisou ser repensado com o adiamento de uma promissora agenda em março, com espetáculos marcados no Teatro Armazém, Fashion Mall, em São Conrado, e Unicirco Marcos Frota, em São Cristóvão. Com criatividade, os personagens têm garantido boas risadas às famílias em lives e curtos episódios no recém-lançado canal.

"Pensamos em fazer algo novo depois de um mês parados. Na mesma semana em que criamos o canal, já gravamos o primeiro episódio. Inicialmente, sem qualquer intenção de retorno financeiro, mas, sim, como uma forma de levar um pouco de alegria. Vivemos um momento difícil. Sabemos que há muita criança em casa, sem aulas presenciais e lazer em público", diz Cinthia.

Com formação na Escola Nacional de Circo e em artes cênicas pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), ela foi arrebatada pelas 'palhaçadas' do grupo 'As Marias da Graça', uma Associação de Mulheres Palhaças, em 2005, e não parou mais de fazer graça. Jodson ou Piriquitovisk não seguiu o caminho tradicional. A veia artística natural falou mais alto quando conheceu o mágico mundo e deixou João Pessoa, com apenas 17 anos, atrás do sonho de viver de circo. Como músico, ator e oito anos de experiência em circo, chegou ao Rio no ano passado. Conheceu Cinthia no picadeiro e hoje vê a parceria ganhar a era didital. Portanto, toda inscrição no canal 'Circo em Casa' e curtida são bem-vindos.

"Não podíamos deixar a nossa arte morrer. É uma militância, pois o artista circense não é tão valorizado. A resposta tem sido positiva. O trabalho cresceu na internet, com demandas nesse novo formato", diz Jodson.  

 

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