Foram iniciadas nesta semana, as obras emergenciais para a recuperação do molhe de pedras, com a desobstrução do canal, retirada das pedras e desassoreamento da Barra Franca da Lagoa de Saquarema. Esta primeira etapa dos trabalhos, que durará 2 meses, consistirá no recolhimento das pedras soltas que atrapalham a entrada de água e embarcações na Lagoa de Saquarema. Também serão retirados materiais finos do interior da Lagoa, cujo desague seguirá o sentido do mar.
A previsão é de que as obras emergenciais, que são pontuais, durem 6 meses e resolvam de imediato os principais problemas que a Lagoa enfrenta e que vêm gerando transtornos e impactos econômicos e ambientais. A solução definitiva para o problema passa, no entanto, pelas seguintes providências: elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA); revisão e/ou complementação dos projetos elaborados com base nos apontamentos elencados no EIA; e promoção de um novo certame licitatório para continuidade das obras do molhe, entre outras atividades.
Paralelamente às ações emergenciais, ficou acordado que Estado e Prefeitura trabalharão em parceria em busca de uma solução definitiva para o problema da Barra Franca. “Demos o primeiro passo decretando a emergência para a Barra Franca. Agora, vamos trabalhar em conjunto com o Estado para executar a obra definitiva. Vamos empenhar recursos e esforços para executar a obra com recursos municipais”, informou a Prefeita Manoela Peres.
Entenda o caso
Desde 2001, sucessivas obras para a construção da Barra Franca foram feitas para garantir o fluxo das águas de forma permanente. O projeto requereu muitos estudos e, finalmente, foi construído um molhe de pedras de 150 metros de comprimento. Só que a obra, que custou mais de 52 milhões de reais, nunca foi concluída e a situação em que se encontra hoje o local vem causando riscos e prejuízos aos pescadores, além de falta de oxigenação no sistema lagunar, com perdas para a vida marinha.
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